É em nome da mirifica concorrência e da liberalização do mercado único, que a Comissão assume protagonismo intervencionista sobre decisões que só aos Estados competem, na definição daquilo que devem ser as suas políticas de desenvolvimento soberano.
Mais do que a discussão sobre aquelas decisões, o que deveria motivar o debate são as consequências e os prejuízos para os Estados que decorrem da privatização de um sector estratégico para a economia, a actividade portuária.
Ou as nefastas consequências dessa concorrência no contexto nacional.

Em 2016, o Bundeskartellamt, autoridade da concorrência Alemã, realizou uma investigação que revela que, em 2015, 97,8% do volume de leite cru coberto pelas investigações foi vendido sob reserva de obrigações de fornecimento exclusivo. Além disso, os contratos para mais de metade do volume de fornecimento de leite cru só podem ser rescindidos com pelo menos dois anos de antecedência.

Na sequência de uma reunião com trabalhadores da empresa AveiroBus, tomei conhecimento de um conjunto de violações às leis laborais por parte da empresa que estão a colocar em sério risco a qualidade e a segurança do serviço. As questões são de diversa ordem, e prendem-se fundamentalmente com o não respeito pelos períodos de descanso. Recorrendo de forma completamente abusiva ao período de tempo inactivo, os trabalhadores são obrigados a ficar na empresa durante 12 horas seguidas, chegando mesmo as 14h, mal tendo tempo para chegar a casa e dormir um mínimo de horas até ao dia seguinte.

Estão neste momento em cima da mesa três autorizações para cultivo de três variedades de milho geneticamente modificado: DuPont Pioneer’s 1507, Syngenta’s Bt11 and Monsanto’s MON810.
O Parlamento Europeu opôs-se à colocação no mercado destas três variedades de milho. Por sua vez, ao nível do Comité de Recurso (Regulamento (EC) No 1829/2003), não foi possível obter uma maioria de estados que suportasse a posição da Comissão Europeia relativamente a esta matéria, seja no cultivo seja na importação.