Intervenções

«Nós afirmámos desde o princípio que era preciso baixar os impostos – mas isso não ia ser suficiente! E aí está a confirmar-se tudo o que nós dissemos!»

Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Ministras, Sr. Ministro da Economia,

Permita-me dar aqui um exemplo que ilustra bem a situação que lhe queremos colocar.

Se estiver uma casa a arder, e o senhor aparecer com um extintor nas mãos, e despejar o extintor por uma janela, compreende certamente que nas outras salas o incêndio vai continuar fora de controlo. 

E mesmo onde o senhor usou o extintor, ainda muita coisa pode queimar-se.

O Governo fala em trabalho digno mas empurra os jovens para a precariedade

O governo sabe o que é ser jovem neste momento no nosso país? É indeferente?

É uma sensação de incerteza face ao futuro, face ao dia e ao mês seguinte 

A cada etapa da vida há uma barreira e não uma oportunidade:

- depois de pagar a renda de um quarto e as contas, ficar com 200 euros para viver;

- é olhar para a autonomia como uma miragem, porque ter uma casa é um luxo;

«A resposta que é urgente dar aos trabalhadores e aos reformados é a da valorização geral dos salários e o aumento extraordinário das pensões para todos»

Aumentam os preços dos combustíveis, da electricidade, do gás; dos bens alimentares (muitos duplicando o seu valor); os custos com a habitação. Aumentam os lucros dos grupos económicos da energia e da grande distribuição (entre outros). Só não aumentam, de forma a garantir a reposição e a valorização do poder de compra, os salários e as pensões.

«O Governo tem de responder pelas opções políticas que insiste em manter face ao agudizar dos problemas nacionais»

O PCP promoveu esta Interpelação ao Governo, centrada nas soluções para a defesa do poder de compra e das condições de vida dos trabalhadores e do povo, para que o Governo seja chamado a responder, perante a Assembleia e perante o País, pelas opções políticas que insiste em manter face ao agudizar dos problemas nacionais.

O que move o PCP é a contrução de uma política alternativa que responda aos problemas do país

Senhor Presidente, Senhores Deputados, Senhores membros do Governo,

 

A moção de censura do Chega que hoje debatemos foi anunciada na semana passada, e embora tenha sido entregue no Palácio de São Bento, por pouco não foi parar à caixa do correio do Pavilhão Rosa Mota.