Intervenções

Está claro: Chega, IL e PS são o trio que suporta a política do governo que cheira a troika

Sr. Primeiro-ministro,

O debate que aqui travámos revelou um governo com uma atitude de arrogância e falta de respeito pela vida difícil das pessoas, mas por maior que seja a propaganda, a realidade acaba sempre por se impor.

Vivemos num país onde a esmagadora maioria dos trabalhadores, os que criam a riqueza, os que põem o país e a economia a funcionar, se confrontam com salários baixos.

Os grupos económicos determinam e o Governo obedece

Fala de guerra à burocracia, mas o programa e a política do Governo o que declara é guerra aos trabalhadores e aos direitos.

Recorre ao estafado argumento da modernização e da digitalização para esconder a verdadeira opção: moldar o Estado, não para melhorar os serviços públicos às populações, mas para colocar ao serviço dos interesses das multinacionais e dos especuladores.

Querem

Este Programa do Governo não serve!

Este programa é um rol de malfeitorias contra os trabalhadores e os reformados, contra os serviços públicos, contra o Serviço Nacional de Saúde, contra a Escola Pública, contra o direito à habitação.

Quando poderia e deveria melhorar as condições de quem trabalha e de quem trabalhou uma vida inteira, o Governo mantém e aprofunda o modelo de baixos salários e de baixas pensões.

O programa do governo cheira a troika, a troika que o povo já rejeitou e derrotou!

Senhor primeiro-ministro, os resultados eleitorais não apagam a sua errada conduta pessoal nem legitimam a política contra os direitos dos trabalhadores, do povo e da juventude.

Senhor primeiro-ministro, ainda acha que o País pode estar melhor mesmo que a vida dos trabalhadores, do povo e da juventude esteja pior?

Em democracia, a investidura da Assembleia da República é um momento importante e que não pode passar ao lado da vida lá fora

Cumprimento o Sr. Presidente. As funções que volta a assumir são de uma enorme preponderância para o bom funcionamento da Assembleia da República, enquanto órgão de soberania que deve centrar a sua atenção naquilo que verdadeiramente importa para o povo, respondendo aos seus anseios e aspirações, para um País de desenvolvimento e progresso. Não pode haver lugar para a ofensa, a injúria, a discriminação, o ódio.