Trabalhadores

É urgente uma ruptura com as políticas da União Europeia, que traga respostas concretas para os problemas dos trabalhadores e das suas famílias

Permitam-me que inicie a minha intervenção fazendo uma referência ao 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, que se comemorará na próxima semana e cuja origem é indissociável da luta pelas 8 horas de jornada de trabalho. Desde 1886 que a luta dos trabalhadores ergueu bem alto a bandeira das “8 horas para trabalhar, 8 horas para descansar, 8 horas para a família e lazer”.

A CGTP-IN na defesa dos trabalhadores

No início do Século passado, um trabalhador, no seu horário de trabalho, que, fruto da luta persistente, já seria só de 10h ou 12h diárias, produzia, na máquina que operava, uma determinada quantidade de mercadorias. Nos nossos dias um mesmo trabalhador, no horário de 8 horas, que também com a sua luta conquistou, sendo capaz de operar várias máquinas ao mesmo tempo, fruto da introdução de melhorias da ciência, da inovação e da técnica, produz, em cada uma dessas máquinas, dez ou vinte vezes mais que há 120 anos atrás.

O STAL a lutar pelos direitos dos trabalhadores

Agradeço em nome do STAL o convite que nos foi enviado para participarmos nesta iniciativa que consideramos da maior importância.

A luta pela redução do horário de trabalho sem perda de salário vem de longe, pelo menos, desde que a história é marcada pela incessante busca de apropriação do tempo da força de trabalho pelos detentores dos meios de produção.

Esta é, pois, uma reivindicação fundamental dos trabalhadores e do movimento sindical unitário.

A unidade dos trabalhadores consegue avanços na regulação dos horários

A legislação portuguesa, no que concerne ao tempo de trabalho, é absoluta contraditória consagrando (, no n.º 2 do Artigo 212º e n.º 1 do Artigo 217º,) que - Na elaboração e na alteração do horário de trabalho, a entidade patronal deve:

“a) Ter em consideração prioritariamente as exigências de proteção da segurança e saúde do trabalhador;

b) Facilitar ao trabalhador a conciliação da atividade profissional com a vida familiar;

c) Facilitar ao trabalhador a frequência de curso escolar, bem como de formação técnica ou profissional. …”

Testemunho da precariedade laboral

Camaradas,

Nos últimos anos, temos assistido ao aumento dos horários, à sua desregulação e ao intensificar dos ritmos de trabalho. Os jovens trabalhadores, pelos seus vínculos de trabalho precários, desconhecimento e ocultação dos seus direitos laborais, assédio e abuso de poder no trabalho, são um alvo preferencial destes mecanismos do patronato para aumentar a exploração e o lucro.

Uma visão global da desregulação de horários laborais

«Desenvolvimento tecnológico, economia digital, inteligência artificial ou indústria 4.0» são conceitos que nos assolam quotidianamente e cada vez com mais regularidade.

Abertura da Mesa Redonda «Plataformas digitais – tecnologia, trabalho e exploração»

À entrada desta terceira década do século XXI, o desenvolvimento científico e tecnológico disponibiliza-nos um conjunto notável e efervescente de produtos e de tecnologias. De entre estas, adquirem grande visibilidade e importância, desde há vários anos, as tecnologias da informação e comunicação.

A CGTP-IN sempre na defesa dos direitos dos trabalhadores

Hoje em dia são impostas cada vez mais dificuldades aos trabalhadores no acesso ao trabalho com direitos.  

Por força da proliferação dos vínculos precários, os trabalhadores são cada vez mais afastados da contratação colectiva, levando ao empobrecimento e à perda efectiva de direitos.  

Uma visão sociológica do trabalho nas plataformas

Boa tarde

Antes de começarmos quero saudar esta iniciativa do PCP. A temática que hoje tratamos é e será cada vez mais de grande actualidade por dizer respeito a um contingente cada vez maior de trabalhadores. É de grande importância que se possa reflectir sobre como as plataformas digitais vieram alterar o panorama das relações laborais.

Dito isto, permitam-me desafiar a vossa lógica com uma afirmação porventura polémica: De forma crescente vem-se falando do “trabalho por plataformas”, mas o “trabalho por plataformas” não existe.