Economia e Aparelho Produtivo

Sobre a proposta da Comissão Europeia de modulação das emissões do sector automóvel nos prazos determinados

A proposta da Comissão procede a uma alteração que possibilita a modulação, num determinado período de tempo, da redução das emissões impostas pelas metas determinadas por aquele regulamento, em função dos prazos rígidos definidos.

A vida das pessoas importa mais que o mercado

Senhora Presidente, Senhora Deputada Ana Miranda,

De facto, a senhora deputada fez referência aqui a uma circunstância que é uma circunstância contraditória, ou aparentemente contraditória.

Porque, se é verdade que os grupos da distribuição esmagam os preços que pagam aos produtores, a verdade é que não pararam de aumentar os preços na venda ao público, particularmente nos bens essenciais.

É possível travar o aumento do custo de vida

Senhor Presidente,

Uma senhora entrevistada em Portugal sobre o aumento dos preços dizia à televisão portuguesa que o pior de tudo é que se fica sem dinheiro para comprar um livro.

Esta frase reflete bem as consequências do aumento do custo de vida. Não é apenas aquilo que deixa de se comprar nas necessidades básicas, é tudo o resto da vida das pessoas que fica comprometido.

Foram as políticas liberais no sector da energia que deixaram os povos às escuras

 

Os problemas que estiveram na origem do apagão de 28 de Abril podem acontecer independentemente da forma como o sector eléctrico se organiza e funciona.

Mas a sua dimensão e consequências são resultado das políticas de liberalização e privatização do sector energético feitas pelos governos do PS e do PSF com o patrocínio da União Europeia.

A vida das pessoas confirma a farsa da política de concorrência

Senhora Presidente, Senhora Comissária Ribera,

Há duas ideias centrais neste debate.

A primeira ideia central é a de que a concorrência só serve à União Europeia quando dá jeito aos grupos económicos e às multinacionais.

A política de concorrência prejudica o serviço público

Senhora Presidente, Senhor Deputado Ondrus,

A concorrência tem servido de pretexto para limitar ou mesmo impedir o investimento público e o reforço das empresas públicas.

O Estado português teve de enfrentar mil e uma dificuldades para fazer a recapitalização do banco público, a Caixa Geral de Depósitos, e tem sofrido mil e uma formas de pressão para vender a companhia pública de aviação, a TAP.

Tarifas Trump: Três elementos essenciais para lhes dar resposta

Senhor Presidente, Senhor Comissário Šefčovič,

A resposta à política de tarifas de Trump tem de assentar em três elementos essenciais.

Primeiro, o reforço do mercado interno com o aumento do poder de compra, apoiando políticas de aumento de salários e de pensões.
Reforçando o nosso mercado interno, temos uma economia menos dependente, menos vulnerável, menos exposta às decisões que outros tomam, sobretudo quando elas nos são prejudiciais.

Tarifas Trump: Dinamizar o mercado interno é parte da resposta

Senhor Presidente, Senhora Deputada Lídia Pereira,

Falou na necessidade da diversificação de mercados e de uma política comercial mais alargada.

Essa é, infelizmente, uma das competências que foram transferidas para a União Europeia e em que os Estados nacionais não têm hoje qualquer possibilidade de desenvolvimento da sua acção — o caso de Portugal é um exemplo flagrante disso.

Queremos uma política de coesão que sirva o desenvolvimento

Senhora Presidente, 

A política de coesão é, de facto, um instrumento absolutamente essencial para combater desigualdades económicas, sociais e territoriais, e garantir que todos os países possam, efetivamente, ter a possibilidade de estar no mesmo patamar de desenvolvimento.

Mas, para isso, é absolutamente essencial aumentar o investimento dos fundos de coesão e garantir que eles não sejam negligenciados.