Soberania, Política Externa e Defesa

Deputados do Parlamento Europeu assinam carta denunciando a intenção dos EUA de impedir a participação de representantes palestinianos na Sessão da Assembleia Geral da ONU

O Deputado do PCP no Parlamento Europeu, João Oliveira, promove uma carta aberta à subscrição de outros deputados do PE instando as instituições da União Europeia a adoptar efectivas medidas com vista a assegurar o acesso e a plena participação dos representantes do povo palestiniano nos trabalhos da Assembleia Geral das Nações Unidas, que se realiza durante este mês, em Nova Iorque

Members of the European Parliament sign letter denouncing the US intention to prevent Palestinian representatives from participating in the UN General Assembly Session

João Oliveira, Member of the European Parliament for the PCP, has issued an open letter for other MEPs to sign, urging the European Union institutions to take effective measures to ensure access and full participation of representatives of the Palestinian people in the proceedings of the United Nations General Assembly, which will place this month in New York.

Que contributo vai dar a presidência dinamarquesa da UE para o fim do genocídio em Gaza?

Sra. Ministra Bjerre, a Sra. tem uma tarefa muito difícil pela frente. O discurso da União Europeia sobre o Estado de Direito e os direitos humanos está corroído por contradições e por posições de dois pesos e duas medidas. Há um problema evidente de falta de credibilidade das instituições da União Europeia quando se fala de direitos humanos e Estado de Direito, sobretudo quando se olha para as posições da União Europeia sobre o que se está a passar na Palestina.

A Comissão Europeia merece censura!

A Comissão Europeia merece censura!

Pela sua cumplicidade com o genocídio na Palestina!

Pelos grandes interesses económicos que a sua política serve!

O caminho apontado pelo Conselho Europeu tem de ser contrariado

Senhora Presidente, Senhor António Costa, o que esta reunião do Conselho Europeu nos traz não nos serve: continuação indefinida da guerra na Ucrânia, gastos militares a aumentar ao ritmo dos tambores da guerra da NATO, um sem‑fim de dinheiro e facilidades para a corrida às armas, com o pacote Omnibus para a indústria do armamento, como hoje a senhora Ursula on der Leyen voltou a insistir.

Gaza: quem se revê na cumplicidade da UE com o genocídio?

Senhora Deputada Marta Temido, em Gaza, Israel usa a fome como arma de guerra e assassina adultos e crianças em ponto de distribuição de comida e o pretexto são os reféns feitos pelo Hamas. Na Cisjordânia, não há reféns feitos pelo Hamas. Israel persegue, desloca forçadamente refugiados de campos de refugiados e assassina palestinianos com a sua política dos colonatos. O que está em curso é um genocídio, é uma limpeza étnica.

Gaza: o que falta para a UE reconhecer o genocídio?

Senhor Deputado Sebastião Bugalho, acabou de fazer referência aos crimes de guerra cometidos por Israel nos postos de distribuição de alimentos, onde estão a ser assassinados adultos e crianças a sangue‑frio.

 

E a pergunta que lhe faço é muito directa: o que é que é preciso mais entrar‑nos pelos olhos dentro para exigir à União Europeia que suspenda o Acordo de Associação com Israel?

Reforçar as relações com a China em benefício mútuo dos povos

Senhora Presidente, contra o perigo da guerra, construir soluções de paz. Contra a política de confrontação, reforçar os laços de cooperação em benefício mútuo dos povos. Esta deve ser a orientação para o desenvolvimento das relações com a China e, naturalmente, para a cimeira que agora se realiza.

Conselho Europeu insiste na guerra, na confrontação, na defesa dos interesses dos grupos económicos

A reunião do Conselho Europeu que decorreu nos dias 26 e 27 de Junho insiste no caminho da guerra, da corrida aos armamentos, da confrontação, da defesa dos interesses dos grupos económicos.

Sobre os problemas que os povos enfrentam – como os baixos salários e pensões, os problemas na habitação, a degradação dos serviços públicos, o retrocesso nas condições de vida – e as medidas para os contrariar, nem uma palavra ou sequer uma nota de rodapé.