Intervenções

As recomendações da UE são o oposto do que o País precisa

Nestas previsões de outono, a Comissão Europeia faz recomendações de que Portugal se concentre na consolidação orçamental, que mantenha excedentes
orçamentais, que tenha saldos primários positivos, ou seja, contenção dos gastos com os trabalhadores.

A Comissão Europeia diz-nos isto ao mesmo tempo que nos faltam professores nas escolas, profissionais de saúde no SNS, técnicos de emergência no INEM.

Orçamento UE: sobra em guerra o que falta na resposta às necessidades dos povos

Discutimos hoje o resultado das negociações entre o Parlamento e o Conselho relativamente ao Orçamento da UE para 2025.

À imagem da própria posição do Parlamento, este é um acordo que continua a dar prioridade aos interesses das multinacionais e dos grandes grupos económicos e não aos interesses dos trabalhadores e dos povos.

Guerra na Ucrânia: parar a escalada, construir a paz!

O momento que vivemos é grave e perigoso.

A possibilidade de confrontação entre potências nucleares é hoje um risco real.

Quem tenha consciência disso só pode ficar inquieto com este debate e com as propostas de resolução em discussão.

Como é possível insistir com tanta ligeireza na escalada de um conflito que se prolonga há mais de 10 anos, fechando os olhos às consequências catastróficas que pode atingir?

Para onde nos querem empurrar?

Para onde nos querem empurrar com a guerra?

Sr. Deputado, a humanidade está hoje perante o risco real de uma confrontação entre potências nucleares.

O ponto a que nos levou a escalada do conflito na Ucrânia dura há mais de dez anos.

E é nesta situação que nós estamos hoje.

O sr. Deputado acabou de concluir a sua intervenção quase com um apelo ao reforço dessa escalada de guerra.

E a questão que eu lhe coloco é: para onde é que nos querem levar?

Estamos solidários com a justa luta dos trabalhadores

Aumento geral dos salários e pensões.

Valorização das carreiras e condições de trabalho.

Reforço do investimento público na habitação e na capacidade de resposta dos serviços públicos na saúde, na educação, na segurança social e na cultura. Apoio aos setores produtivos e ao desenvolvimento científico e tecnológico.

Mais meios e outras políticas produtivas para travar a perda de biodiversidade

Os números da perda de biodiversidade atingem hoje ritmos que os especialistas consideram sem precedentes no período da história da humanidade.

Não basta o anúncio de metas para travar esta tendência, nomeadamente em protocolos internacionais.

Aliás, a UE conhece bem o fracasso dessa abordagem, gorados os objectivos de travar a perda de biodiversidade nos territórios dos seus Estados-Membros até 2020.

Erradicar a violência sobre as mulheres é um combate pela democracia

A luta por uma vida livre de exploração, discriminação e desigualdades é uma luta milenar do ser humano.

Mas o reconhecimento dos direitos das mulheres faz parte apenas da história recente e, em muitos casos, ainda hoje é apenas uma proclamação sem consequência concreta na vida das mulheres.

Os trabalhadores do INEM não são responsáveis pelas políticas que lhes impõem!

Sr. Presidente,

Em Portugal vive-se neste momento uma situação difícil em relação aos cuidados de saúde e, em particular, na área de emergência médica e do INEM.

E neste Parlamento sentam-se alguns dos responsáveis por essas dificuldades que se fazem sentir em Portugal.

A decisão de Israel de proibir a acção humanitária da UNRWA é desumana e intolerável

Senhora Presidente,

O parlamento israelita decidiu impedir a acção da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente. Esta decisão desumana e intolerável deixa centenas de milhar de palestinianos sem ajuda humanitária, impondo uma brutal degradação das suas já débeis condições de vida.

O caminho do desenvolvimento é o da distribuição mais justa da riqueza

A produtividade do trabalho tem vindo a aumentar sempre acima da evolução dos salários reais.

A consequência disto é a transferência de riqueza criada pelos trabalhadores para o capital.

E esse problema só pode ser resolvido aumentando os salários e garantindo uma distribuição mais justa da riqueza criada.

Essa é a questão de fundo.

Mas este debate sobre a competitividade centra-se apenas na comparação concorrencial com os Estados Unidos e a China.