Aproxima-se o que há muito dizemos ser inevitável: a reestruturação, com corte substancial, da dívida grega.

O país enfrenta a devastação económica e social, fruto da intervenção do FMI, do BCE e da Comissão Europeia. É evidente que o povo grego não pode mais sustentar o processo de extorsão a que vem sendo sujeito.

Seria bom, enquanto é tempo, que tirem daqui as devidas lições.

Mais um debate onde ficou por dizer aquilo que era essencial: mudar as políticas e os fundamentos da união económica e monetária, para dar prioridade ao emprego com direitos, à erradicação da pobreza e exclusão social, às desigualdades e injustiças sociais.

Os manifestantes que, há poucos dias, voltaram à Praça Tahir para exigir à Junta Militar que governa o Egipto (e onde se incluem os ex-responsáveis do regime de Hosni Mubarak) que transfira o poder, revogue o estado de emergência, altere a lei eleitoral e cumpra as promessas de elevação das condições de vida da população, foram violentamente desalojados pelas forças especiais do regime.

36 manifestantes foram condenados a pesadas penas pelo tribunal especial instalado pelo regime do Bahrein para julgar os participantes nos protestos populares no país, ocorridos em Fevereiro e Março e reprimidos pelas tropas da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos que acorreram ao Bahrein para esmagar a contestação ao regime.