Posições Políticas

Sobre os acontecimentos do dia 4

1. Sob pretexto da realização ontem, dia 4, dum comício no S. Luís, em Lisboa, grupos pseudo-revolucionários, nomeadamente o MRPP e os chamados “Comités Ribeiro dos Santos”, desencadearam com vandalismo violentos distúrbios que motivaram a intervenção das forças militares do COPCON e militarizadas da PSP.

Acerca da transformação do MDP em partido político

A transformação do MDP num partido político, decidida a 3 de Novembro no seu Plenário Nacional, coloca perante os membros do PCP que têm participado no MDP a necessidade de uma opção:

Ou resolvem continuar sendo membros do PCP e, em tal caso, cessam toda a sua actividade no MDP e passarão a desempenhar outras tarefas que lhes sejam atribuídas;

Sobre o VII Congresso (Extraordinário) do PCP

1. A realização do VII Congresso (Extraordinário) do PCP constituiu um grande êxito do Partido, de todos os seus militantes, do Comité Central que o convocou e dirigiu, das organizações partidárias que o prepararam em trabalho intenso em escassos dias, da classe operária e dos trabalhadores que, através do seu Partido de classe, exprimiram os seus anseios e definiram os seus objectivos.

Os Sindicatos e os Trabalhadores

O problema sindical é, sem dúvida, daqueles que, em matéria de organização da classe operária e dos outros trabalhadores, se coloca como um dos problemas fundamentais. Organizados e unidos nos seus sindicatos, os trabalhadores constituem uma força em condições de fazer valer os seus direitos perante o patronato e conseguir a satisfação das suas justas reivindicações. Desorganizados ou divididos, os trabalhadores serão facilmente derrotados frente ao poder do grande capital monopolista ou agrário.

Convocando o VII Congresso (Extraordinário) do PCP

O Comité Central do Partido Comunista Português em sessão plenária no dia 6 de Outubro de 1974, resolveu convocar para o dia 20 de Outubro um Congresso Extraordinário do PCP, tendo como ponto único da ordem de trabalhos a discussão e aprovação de modificações ao Programa e Estatutos do Partido, tendo em conta a nova situação política existente em Portugal após o 25 de Abril e as novas tarefas dela

Sobre a demissão do General Spínola

1. A demissão do Presidente da República, general António de Spínola, é a conclusão lógica da crise política dos últimos dias.

Sobre a derrota da conspiração reaccionária

A nova tentativa contra-revolucionária desenvolvida em torno da manifestação da chamada “maioria silenciosa” acabou por ser clamorosamente derrotada.

O Partido Comunista Português, o Movimento Democrático Português, a Intersindical e os sindicatos, o MJT, a UEC e outras organizações democráticas desmascararam, desde o início, a operação fascista e tomaram rápidas medidas para combatê-la.

Sobre a derrota da conspiração reaccionária

1. A manifestação contra-revolucionária anunciada para o dia 28 saldou-se por uma nova e brilhante vitória das forças democráticas e do Movimento das Forças Armadas.

Sobre as provocações e manobras da reacção

1. Como o Partido Comunista Português tem vindo a alertar, desde o 25 de Abril que a reacção e os fascistas desalojados do poder pelo glorioso Movimento das Forças Armadas conspiram contra as liberdades.

Sobre o acordo de Lusaka e os acontecimentos de Lourenço Marques

1. O processo de descolonização experimenta um decisivo e histórico progresso. A guerra findou em Moçambique. Todo o território do Rovuma ao Maputo passa a ser administrado por um governo de transição em que dois terços dos ministros são da FRELIMO. A 25 de Junho de 1975 nascerá uma nova nação africana de língua portuguesa.