Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Sobre notícias que dão como certa a venda de activos imobiliários do Novo Banco a preços muito abaixo do valor da avaliação que tinha sido feita

1 – O PCP já por várias vezes chamou a atenção para a necessidade de haver por parte do Estado um controlo da forma como a Comissão de Acompanhamento está a acompanhar a alienação dos activos do Novo Banco. A última das vezes foi no passado dia 22 de Maio quando entregou na Assembleia da República um Projecto de Resolução que no preâmbulo chamava a atenção para o facto do Governo ter entregue a um banco «mais de 850 milhões de euros para pagar vendas de imóveis e outros activos ao desbarato (sem que se conheçam os adquirentes, cuja relação directa ou indirecta com partes associadas à Lone Star ou antigos accionistas do BES/GES não está posta de parte), enquanto que não satisfaz necessidades agudas das populações atingidas mais profundamente pela paragem forçada».

2 – A venda de 13.000 imóveis que estavam avaliados em 631 milhões de euros por 364 milhões, com a agravante de ter sido o próprio banco a emprestar o dinheiro para a realização da operação e o Fundo de Resolução a cobrir o prejuízo, a ser verdade, deixa de ser apenas um mau negócio e passa a ser um crime económico contra o Estado português.

3 – Esta situação confirma, mais uma vez, que a venda do Novo Banco à Lone Star demonstra, por si só, que a privatização foi uma má opção com custos que podem ultrapassar os 10.000 milhões de euros e que a solução que melhor teria servido os interesses do País e dos portugueses, como o PCP defendeu e continua defender, é a nacionalização do Banco.

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