Intervenção de Patrícia Machado, membro da Comissão Política do Comité Central, Encontro Nacional do PCP sobre eleições e a acção do Partido

Um Partido mais forte, mais força à CDU

Um Partido mais forte, mais força à CDU

Face à situação do País real, da vida concreta de quem cá vive e trabalha e que aqui debatemos, a realidade expõe e impõe a necessidade de mais força ao PCP e à CDU.

Sabemos que essa força, a força da identidade, do projecto e dos valores do PCP fizeram e fazem a diferença na sociedade Portuguesa. Precisamos que mais se questionem e que o transportem para a acção e também para o voto.

Nos tempos que vivemos o Partido cumpre o seu papel, tem estado à altura das respostas necessárias e tem de estar preparado para o cumprir numa situação exigente e difícil em que, face ao alargamento do seu prestígio e influência junto de outros, os centros de decisão do grande capital a partir dos seus tentáculos promovem o anticomunismo e procuram por via da calunia e silenciamento criar todo o tipo de dificuldades.

Por isso a iniciativa, o estado de prontidão para intervir e a preocupação permanente com o reforço do Partido têm uma importância fundamental. Este quadro político, não só não dispensa como exige uma redobrada atenção à organização do Partido, ao seu alargamento, ao seu funcionamento, à sua ligação às massas, à sua iniciativa no plano social e politico.

A história e acção do Partido confirmam inteiramente a ligação dialéctica das diferentes formas de intervenção para o reforço orgânico e a construção da alternativa política. Aí se insere a importância das batalhas eleitorais que temos pela frente. São momentos profundamente interligados e potenciadores para ampliar as fileiras do Partido, o enraizamento na classe operária, nos trabalhadores, nas massas. Vamos estar onde sempre estivemos e que precisamos estar. Ocupar o espaço que é nosso por natureza – junto dos trabalhadores, das populações , nas empresas, na rua, nas comemorações 50 anos do 25 de Abril, na luta pela paz.

Temos bem presente os objectivos da conferencia nacional – tomar a iniciativa, reforçar o Partido, responder às novas exigências. A continuação de resposta a esses objectivos implicam reforço da capacidade do trabalho de direcção, o reforço da capacidade financeira, a consideração das necessidades de responsabilização de quadros pelas mais diversas tarefas, incluindo as mais imediatas no plano eleitoral desde quem organiza a fiscalização, quem participa nas tarefas de propaganda, faz os contactos para garantir a programação, quem fala com apoiantes, entre tantas outras , as decisões correspondentes e a sua concretização no quadro mais geral duma rigorosa programação de trabalho.

As eleições permitem-nos contactar com milhares de homens e mulheres independentes e milhares de membros do Partido. Há muitas disponibilidades manifestadas que ainda não estão aproveitadas. Estamos certos que muitos vão responder à chamada. Este é um tempo privilegiado para dar a conhecer o programa eleitoral, o Programa do Partido, os valores de Abril inscritos na Constituição. Dar a conhecer, ganhar para o compromisso, elevar a militância.

Camaradas, temos memória e temos projecto, sabemos de onde vimos e para onde queremos ir. É hora de mobilizar este grande colectivo partidário, alargar as suas trincheiras reforçando o PCP, ganhando mais força à CDU, estando lá onde é necessário estar, com confiança no nosso povo.

O PCP apresenta-se ao povo com um valioso património de razões para merecer a confiança e o voto popular. Num quadro de apagamento do PCP e da CDU, aliar na nossa acção do dia a dia essa valorização é a nossa melhor arma. É pois necessário que mais comunistas de forma organizada lá nas empresas e locais de trabalho levem a necessidade de levar a luta ao voto, que lá junto das populações que lutam pelo SNS, pela paz e pela habitação o façam também.

Que cada organização de base, que cada militante assuma esse papel, seja um amplificador, um agitador, um esclarecedor, um avivador de memoria, um observador de quem se destaca, um ousado que desafie outro, uma força real de transformação das justas e naturais confusões, revolta e desanimo de muitos, dirigindo-as para o sitio certo, a casa que é a deles mesmo ainda não o sabendo – o PCP e o voto na CDU.

Confiança nesse caminho camaradas. Confiança.

Viva a CDU!
Viva a JCP!
Viva o PCP!