Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário-Geral, Encontro Nacional do PCP sobre eleições e a acção do Partido

Aqui há força, há vontade e determinação para construir um grande resultado eleitoral da CDU

Permitam-me que inicie com uma saudação a todos vós, aos nossos aliados da associação Intervenção Democrática, do Partido Ecologista “Os Verdes” e aos muitos e muitos democratas sem filiação partidária que constituem e constroem a Coligação Democrática Unitária.

Estamos a concluir este importante Encontro Nacional.

Aqui há força, aqui há vontade, aqui há determinação para construir um grande resultado eleitoral da CDU nas próximas batalhas eleitorais que vamos travar para a Assembleia da República, para o Parlamento Europeu e também para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores.

Um resultado que responda às exigências da situação actual, num País que enfrenta intoleráveis desigualdades e uma brutal injustiça na distribuição da riqueza criada.

Realidades inseparáveis de décadas de política de direita pelas mãos de PS, PSD e CDS, a que se juntam Chega e IL. 

Um País em que os baixos salários constituem um problema estrutural que é inseparável do domínio e do poder dos grupos económicos e das multinacionais. 

Esses que alcançam lucros colossais enquanto a larga maioria da população enfrenta dificuldades.

Um País confrontado com elevados níveis de exploração, a desvalorização do aparelho produtivo, a degradação dos serviços públicos, as privatizações, a falta de investimento e a perda de importantes instrumentos de soberania e cada vez mais sujeito a relações de dependência e subordinação, elementos que limitam a resposta aos problemas e condicionam o seu desenvolvimento.

Problemas que não encontram resposta na política que aqui nos trouxe, a política de direita.

Problemas a que o Governo do PS e as suas contas certas se recusaram e recusam dar resposta, com as consequências que se conhecem nas condições de vida dos trabalhadores e do povo.

As eleições de 10 Março são uma oportunidade para abrir o caminho que se impõe, a política alternativa patriótica e de esquerda que dê a Portugal uma perspectiva de futuro, de progresso, desenvolvimento e justiça social.

O PCP não embarca nas manobras dos programas mínimos, em que se escolhem meia dúzia de problemas a resolver fazendo vista grossa a tudo o resto que fica a infernizar a vida ao povo e a comprometer o futuro do País. 

Apresentaremos a 25 de Janeiro um Programa Eleitoral com o conjunto global de respostas e estamos certos de que nesse Programa Eleitoral os trabalhadores, os reformados, os jovens, as mulheres, os MPME e muitos outros sectores e camadas encontrarão as soluções que correspondem às suas necessidades, aos seus anseios e aspirações mas também as respostas imediatas a problemas urgentes possíveis de enfrentar com o reforço da CDU.

O reforço da CDU que, como aqui apareceu de forma tão viva e expressiva, estamos a construir no contacto, na conversa e no esclarecimento. 

É este o caminho, é esta a linha de trabalho que é necessário continuar a organizar, intensificar e levar ainda mais longe.

Nas empresas e nos locais de trabalho, nas ruas, nos bairros e aldeias, casa a casa, nos cafés, nas escolas, mercados e feiras e em todos os espaços, contactar, conversar, esclarecer, ganhar para o voto na CDU.

Vamos, com a força que temos, com a força que só depende de nós, construir um movimento de apoio e de mobilização para o caminho novo que se impõe.

Com confiança, audácia, determinação e alegria, que todos e cada um de nós seja um militante do contacto e da conversa.

Estamos a realizar uma grande acção geral de esclarecimento.

Mas temos de fazer ainda mais, cada um de nós é e tem de ser um militante do esclarecimento, um activista da razão e da esperança, uma acção que vale mais pelas conversas que estamos e vamos ter do que pelo número de documentos que vamos distribuir.

Cá estamos e vamos ouvir, cá estamos e vamos propor e contrapor, cá estamos e vamos construir as soluções e um resultado eleitoral da CDU que contribua de forma decisiva para valorizar o trabalho e os trabalhadores e recolocar o País no trilho de Abril, desse Abril do qual nunca deveria ter saído.

Esse Abril que alguns querem distante mas que ai está, bem presente em tudo que encerra de progresso e futuro, esse Abril que se realiza todos os dias em cada acto de afirmação de direitos, que anima os que não se conformam com desigualdades e injustiças, que mobiliza e inspira, mesmo os que não viveram a Revolução, a lutar por ver retomados os caminhos do progresso social.

O Abril da liberdade e da democracia, que marca a vida de um povo que sabe que é nas suas mãos e na sua luta que está a força de construção de uma vida melhor. 

Esse Abril de avanço e conquista que tem na CDU o elemento mais decisivo de realização plena. 

Esse Abril que hoje com a força do povo se impõe retomar e projectar para o futuro.

E é também esse Abril, as suas conquistas, valores e projecto que marca, distingue e confronta opções que vão estar em decisão a 10 de Março. 

Esse confronto entre quem como a CDU tem como referência valores e conquistas para os projectar para uma vida melhor e os que mais ou menos abertamente negam, diminuem e visam destruir o que de mais avançado e promissor Abril tem.

Esse Abril que entre o capital e o trabalho, fez a opção pelo  trabalho.

Esse Abril da contratação colectiva, do tratamento mais favorável ao trabalhador, da valorização das carreiras e das profissões, do respeito por quem cria a riqueza, por quem põem o país a funcionar, esse Abril sem precariedade e da qualidade de vida.

Esse Abril da dignidade, da realização pessoal e da conciliação da actividade profissional com a vida familiar, esse Abril dos direitos e dos salários.

Esse Abril que, com a força do povo, se impõe retomar para enfrentar a injustiça e a desigualdade e impor uma outra redistribuição da riqueza e de uma vez por todas fazer frente ao aperto em que vivem milhões de pessoas enquanto os principais grupos económicos metem ao bolso 25 milhões de euros de lucros por dia.

É urgente o aumento geral e significativo de todos os salários.  

Três milhões de trabalhadores que ganham até mil euros de salário bruto por mês, 850 mil trabalhadores a ganhar 820 euros de salário bruto por mês, é esta a realidade do País.

É urgente desde já o aumento dos salários em 15%, com um mínimo de 150 euros, colocando o objectivo da convergência do salário médio em Portugal com o salário médio na zona Euro em quatro anos.

Aos que ainda esta semana nos vieram falar de mil euros de Salário Mínimo Nacional para 2028, daqui lhes dizemos: a urgência coloca-se agora e não em 2028. 

E quando se assinalam 50 anos de Abril e no próximo mês de Maio se assinalarão os 50 anos da criação do Salário Mínimo Nacional, a melhor forma de honrar e cumprir Abril é garantir que já em Maio nenhum trabalhador em Portugal ganhe menos de mil euros. 

O desafio de uma política que responda às necessidades do País e não do capital, não é atingir daqui a quatro anos, aquilo que já no ano passado se pagava aqui ao lado em Espanha.

Romper de vez com a política dos baixos salários, acabar com o faz de conta e assumir o aumento geral dos salários, a valorização das carreiras e profissões, esta que é uma justa reivindicação de centenas de milhar de trabalhadores, é este o caminho. 

Esse Abril que hoje, com a força do povo, se impõe retomar, consagrando a habitação como aquilo que é um direito e não uma mercadoria. 

E para levar por diante o artigo 65.º da Constituição é preciso de uma vez por todas regular um dos sectores mais liberalizados da economia e que está a encher os principais bancos com 12 milhões de euros de lucros por dia e os bolsos dos fundos imobiliários. 

Desenvolver o parque público de Habitação, travar o aumento das rendas, pôr os lucros da banca a suportar o aumento das taxas de juro, cumpra-se a Constituição, cumpra-se o direito à habitação e resolva-se o drama de milhares e milhares de pessoas.

Esse Abril que hoje com a força do povo se impõe retomar, que fez nascer a escola pública, gratuita e de qualidade, que pôs fim ao analfabetismo e elevou o nível de conhecimento e formação dos filhos da revolução.

Uma escola, instrumento de democracia e igualdade que é preciso fortalecer, valorizando os seus profissionais, elevando a participação de todos os intervenientes, nomeadamente os estudantes, e atender às reivindicações dos profissionais da educação, nomeadamente contabilizando todo o tempo de serviço dos professores, sem mais adiamentos. 

Já se perdeu tempo de mais, já se prejudicou demasiado a vida de professores e alunos, resolva-se um problema que há muito deveria e poderia ter sido resolvido.

Esse Abril  que hoje com a força do povo se impõe retomar para defender e promover essa sua grande conquista, o Serviço Nacional de Saúde.

Uma conquista construída pelos seus profissionais, por gente que vestiu e veste a camisola do SNS, médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares e tantos outros que garantem com muitas dificuldades o funcionamento do SNS.

Gente que faz falta, gente que é preciso, a bem dos utentes, a bem do SNS, atrair, fixar, valorizar e respeitar. 

Também aqui não há segredos. 

Respeitar os profissionais, valorizar as carreiras, enfrentar o saque que o grande negócio da doença está a promover. Invista-se no SNS e as listas de espera, os adiamentos, as muitas centenas de milhar que não têm médico de família, passarão a ter acesso à saúde.

A Saúde, tal como Abril consagrou, não é um negócio, é um direito de todos.

Esse Abril que hoje com a força do povo se impõe retomar no que trouxe também de dignidade a quem trabalha e trabalhou uma vida inteira.

Gente que, com o seu esforço, com o seu trabalho, com a sua dedicação, garantiu o funcionamento do País e para os quais há o dever de garantir as condições para uma vida com dignidade.

Reformados, pensionistas e idosos que precisam de uma rede pública de equipamentos de apoio, que precisam de ter as suas pensões e reformas valorizadas, recuperando poder de compra perdido, garantindo que em 2024 seja fixado um aumento de 7,5%, com efeitos retroactivos a Janeiro assegurando dessa forma que nenhum reformado tenha um aumento inferior a 70 euros na sua pensão ou reforma. Da mesma maneira garantindo que, já em 2024, a pensão mínima de quem se reforma com 40 anos de descontos passe dos actuais 462 para 555 euros.

Quem trabalha 40 anos, quem contribui 40 anos de vida com o seu trabalho, tem direito à sua reforma por inteiro, sem penalizações.

Esse Abril que hoje com a força do povo se impõe retomar no que ele representa de direito à protecção das crianças.

Esse Abril que é de esperança, alegria e direitos das crianças e dos seus pais.

Esse Abril que exige uma rede pública de creches, esse Abril do fim da precariedade e contra o abuso do trabalho por turnos.

Esse Abril da emancipação da mulher e dos direitos da juventude.

Essa juventude que abandona o País porque o País não lhes cria as condições para que cá fiquem.

Respondam-se aos verdadeiros problemas da juventude, ponha-se fim à precariedade, aumentem-se os salários, criemos condições para que cá fiquem, cá vivam e cá trabalhem e certamente que a vontade da larga maioria, tendo condições para isso é de cá ficarem e tanta falta fazem.

Esse Abril que pôs fim aos monopólios e impôs a subordinação do poder económico ao poder político.

Esta é hoje uma questão central, uma opção de fundo que é preciso tomar.

O País está a ser saqueado pelas ruinosas privatizações, pelas negociatas e pela corrupção que lhe está associada.

E como se isto ainda não bastasse, aí estão novas tentativas de privatizar o que resta de empresas e sectores públicos, como é o caso da TAP, mas também de legalizar amanhã com o nome de lobbying o que hoje é crime de tráfico de influência.

Resgatar Abril é colocar o poder económico no sítio onde sempre deveria ter estado, subordinado ao poder político.

Só assim é possível apostar na produção nacional, no emprego com direitos, na satisfação das necessidades do País, reaver e garantir instrumentos de soberania.

As contas certas deles só tem servido aos mesmos, com os mesmos de sempre a pagar o acerto dessas mesmas contas e isto tem de acabar de uma vez por todas.

Esse Abril que hoje com a força do povo se impõe retomar numa clara opção pela paz e que pôs fim à guerra, esse Abril que nos definiu como povo solidário, de cooperação, amizade e Paz.

Essa Paz que mais uma vez urge reivindicar e exigir.

Esse Abril da democracia política, económica, social e cultural.

Este Abril de 50 anos que é tudo isto e muito mais, esse Abril que é mais futuro.  

O nosso projecto, o projecto dos trabalhadores, do povo, dos democratas, dos patriotas, são os valores de Abril no futuro de Portugal.

Este é o desafio que está colocado a todos, os que estão justamente descontentes e indignados, os que na esperança de soluções para a sua vida foram levados a votar no PS e que hoje percebem que a única forma de haver uma política ao seu serviço é reforçando, também no plano eleitoral, o PCP e a CDU.

Mais força à força da Palavra, da Dignidade e da Confiança, mais votos e mais deputados de Abril, os deputados que fazem falta e nunca faltaram nem faltarão às soluções e a políticas que correspondam aos anseios e direitos dos trabalhadores e das populações, da mesma forma que sempre estiveram e estarão na primeira linha de combate contra tudo o que seja negativo, venha de onde vier.

Com a CDU todos sabem com o que contam, com clareza e transparência. 

Podem difundir todas as sondagens, todos os cenários, podem tentar que a discussão se resuma à troca de galhardetes, aos cenários imaginários, podem evitar a discussão sobre a realidade em que vive o povo português, podem vir com a pressão e a chantagem que não contam com o PCP para estas manobras.

“Qual a política e, acima de tudo, a quem serve?”

É esta a resposta que é preciso dar. Os problemas do País não se resolvem com declarações de boas intenções, com mudanças de estilo ou reciclando protagonistas .

Dar força a PSD, CDS, Chega e IL é dar votos ao retrocesso, é voltar a um tempo de má memória para o nosso povo, com  governos, opções e políticas, onde estavam os que agora se denominam de AD mas também os que hoje estão no Chega e na Iniciativa Liberal. 

Sim, lá estavam todos no Governo e no apoio à política de desastre nacional da troika, no Governo da agressão ao povo e ao País, sim estavam lá todos, PSD, CDS, Chega e IL no corte das pensões, nos cortes dos salários, no roubo dos feriados e subsídio de Natal. 

Estavam lá todos e preparados para, caso não tivesse sido interrompida a sua acção, continuarem e acentuarem o seu plano de destruição.

Sabemos bem quem são, sabemos bem de onde vêm e o que querem fazer.

E também sabemos que dar força ao PS é dar votos a uma ilusão, é dar força a quem, tal como revelam estes dois anos da sua maioria absoluta, não respondeu nem quis responder aos problemas. 

Não contem com o PCP para alimentar ilusões.

As ilusões não pagam as contas, as ilusões levam-nos sempre para falsas soluções.

O PCP não foi, não é, nem será um adereço da política que aperta as vidas da maioria e abre as portas aos lucros escandalosos dos grupos económicos.

Para eleger deputados ao serviço dos banqueiros, dos accionistas dos CTT, da Altice ou da ANA, da grande distribuição, das multinacionais, das imposições da União Europeia, da NATO e da guerra, há várias opções.

Deputados comprometidos com Abril, deputados da CDU, esses sim fazem falta.

É com clareza que dizemos a todos os que aspiram a uma vida melhor que têm na CDU a garantia da concretização desse objectivo, mais têm sempre a certeza que aqui está a força que, com mais força, estará em condições de obrigar a que as promessas de hoje sejam soluções de amanhã, mesmo contra a vontade de quem hoje as promete.

O caminho é mais força, mais votos e mais deputados da CDU.

Mais força aos salários, às pensões, mais força ao Serviço Nacional de Saúde, mais força à habitação, mais força aos direitos dos pais e das crianças, mais força à escola publica, mais Abril. 

Aos que estão indecisos e que ainda não decidiram o seu voto; aos que que, por esta ou aquela razão, estão inclinados a votar noutros, mas que ainda podem mudar de ideias; aos que perante tudo o que vão vendo e sentido nas suas vidas estão cansados e sem perspectiva, aos que justamente estão fartos da mentira, da corrupção e das negociatas; lhes dizemos, dêem força à vossa força, dêem força à CDU.

Dêem o seu voto à CDU, o voto certo, o voto que não trai, o voto que não tem duas caras, o voto que não anda ao sabor do vento.

Aos que acham que é preciso um outro caminho, aqui estamos, aqui está a CDU para dar essa resposta.

Os partidos não são todos iguais, por muito que gostariam que assim fosse.

Aqui estão os que em todos os momentos, em todas as circunstâncias dão a cara e estão ao lado de quem trabalha e de quem luta por uma vida melhor e essa vida justa a que todos têm direito.

Luta que irá continuar, que não fica à espera, que não fica na expectativa a ver o que dá, mas que é parte activa, central e decisiva da construção da alternativa de Abril que se impõe, antes e depois das eleições.

Na defesa dos valores de Abril não estão apenas comunistas e ecologistas. 

Na defesa dos valores de Abril estão muitos milhares de democratas e patriotas que  todos os anos, de Norte a Sul do País, saem à rua, percorrendo as avenidas da liberdade e do futuro. 

Que sentem que é não só tempo de resistir, mas também de avançar. 

Que recusam o medo e pensamento único. E que sabem que há uma força indispensável à democracia, à liberdade, à justiça e ao progresso social. Uma força que todos os dias se assume como factor de esperança e transformação social. Uma força que pode e vai crescer nas próximas eleições.

Não desistamos de ninguém, dos indecisos, dos descontentes, dos que pensam não ir votar, dos que face às dificuldades de todos os dias deixaram de acreditar. 

Não desistamos de ninguém e é com esses todos que temos de ir à conversa, porque é também com esses todos que estamos e vamos construir a alternativa.

O voto do trabalhador, o voto de cada um de nós, o voto de cada utente, o voto dos que estão aflitos com as prestações e rendas das casas, o voto dos micro, pequenos e médios empresários e produtores, o voto dos reformados, dos jovens, dos imigrantes, vale tanto como o dos donos da GALP, Pingo Doce, CTT, da Altice, mas pode valer ainda mais se for um voto na CDU e não for colocado no mesmo saco dos que se acham os donos disto tudo.

E este é mesmo o momento de enfrentar os que se acham donos disto tudo, os donos do País.

Há cada vez mais gente, gente diversa e até gente que apoiou outros partidos, que se junta a esta força, a força da mudança que se impõe, a força de Abril, a força que sabe que País não é pobre mas tem sido empobrecido. 

Deste País que tem recursos, tem meios, o País tem gente séria e honesta, gente séria e honesta com vontade e força de travar os que se acham donos disto tudo e pôr o País a andar para a frente no trilho de Abril, das suas conquistas e dos direitos.

Nesse trilho que marca a nossa história, no trilho dos valores de Abril essenciais para o futuro de Portugal, neste trilho onde o povo é quem mais ordena.

Viva a CDU!
Vida a JCP!
Viva o PCP!