Camaradas,

Viana do Castelo saúda este encontro e todos os camaradas que nele participam.

As eleições de 10 de Março próximo lançam novos desafios e oportunidades necessárias ao país e ao povo português. A intervenção do PCP no quadro da CDU não é apenas um cumprimento de calendário, um elenco de nomes, um concurso que ordena camaradas alinhando-os numa lista. Todos nós, camaradas, temos a consciência da marca distintiva de um candidato e de um eleito da CDU, mas os nossos adversários também o sabem e
por isso de tudo fazem e farão para alimentar, quer pelas vias populistas, quer pela nota de concentração de forças, discursos e razões para não votar na CDU.

A nós, camaradas, parece-nos ser essencial não desarmar no que mais importa – o povo, as suas massas trabalhadoras e as reais necessidades das populações, numa realidade crua que contradiz uns e outros, cujas políticas resumem o muito das fragilidades com que as as famílias se deparam hoje.

Somos um partido que vive a realidade do dia a dia do povo, tanto em Viana do Castelo como em todo o país, não esquecendo a leitura que fazemos da política internacional, defendendo sempre a paz.

O nosso espólio de afirmação e de luta consistente, resistente e progressista é bem visível na nossa participação nos diferentes órgãos de administração do território, com particular destaque para o trabalho autárquico, mas igualmente naquele que desenvolvemos a partir da Assembleia da República e do
Parlamento Europeu.

Mas é inegável que o reconhecimento mais próximo e diário vem do Poder Local, onde a CDU alimenta um conjunto de realizações políticas e
administrativas que merecem o reconhecimento das populações. Não é por isso alheia esta realidade àquela que agora se coloca com as eleições legislativas.

Camaradas,

Se é reconhecido que o que importa a cada região, importa ao país, não é de somenos relevância que quem confia na CDU nas autarquias têm razões de sobra para votar CDU nas eleições de 10 de março.

Confiar na CDU é mais que uma aspiração ou vontade, camaradas. É segurança num compromisso que não vacila, que é determinado pelas razões que justificam uma intervenção política a favor das populações, das massas trabalhadoras, do povo português.

E o tempo é determinante na razão que nos assiste. Se há dois anos julgaram prematura a urgência exigida pela CDU na valorização das carreiras e salários, basta confrontar a situação atual das famílias e das populações para perceber o quanto esta medida teria permitido uma outra resposta à subida da inflação ou à política do Banco Central Europeu que ignora a realidade do País e a cada vez mais frágil situação
dos portugueses no acesso à habitação, pilar basilar da dignidade de cada um.

Se há dois anos se ignorou a exigência do PCP em dar cumprimento imediato ao investimento no SNS, é ver hoje o estado de degradação ditado pela falta de investimento e o desvio desse mesmo investimento para o negócio privado da saúde.

Camaradas,

Em momento algum os eleitos da CDU deixaram de intervir a partir dos mandatos que detém nas freguesias e municípios. Nesse contacto próximo com as populações a credibilidade dos eleitos da CDU e a confiança neles depositada é um capital de que não podemos abdicar.

Em cada região, se é visível que a CDU é uma força necessária, nada mais se pode esperar que essa confiança se traduza no voto na CDU nas eleições
legislativas de 10 de março.

É a CDU que em cada região está com os trabalhadores, às portas das fábricas, sempre que é necessário lutar contra a exploração no trabalho, a
favor da dignidade laboral e na valorização dos salários. É na CDU e na sua intervenção que as populações sentem a defesa no acesso à saúde, aos apoios sociais, às creches, à educação básica, secundária e superior.

É na CDU, a partir das autarquias, que o povo português identifica políticas de apoio às famílias e na defesa de habitação, muito para além do que as políticas nacionais prometem. E é por sabermos que fazemos mais nos nossos territórios que faremos melhor no país, sendo a voz ativa e presente do povo português e de cada um dos nossos territórios.

Mais CDU, vida melhor, em Viana do Castelo, no Norte, no País e nas Comunidades
Portuguesas.

Esta é mensagem que com ânimo deixamos neste encontro. O que serve aos nossos territórios, serve ao país, e por isso quem confia na CDU nas eleições
autárquicas, têm motivos para confiar na CDU nas eleições legislativas de 10 de março.

É com esta confiança redobrada que estamos preparados para manter firme a nossa palavra, uma palavra que se efetiva no combate aos lucros excessivos de uns à custa do trabalho da maioria, ou na defesa dos serviços públicos de saúde e de educação.

Mas uma firmeza que se mede igualmente na dignidade que a cada dia reflete a nossa ação na justa luta ao lado dos trabalhadores e do povo, na valorização de carreiras, salários e pensões, no combate ao aumento dos preços, na urgência e prioridade dada à defesa de políticas promotoras do melhor acesso à habitação, promovendo o crescimento e a construção de percursos de vida aos mais jovens, na valorização dos seus projetos, mas igualmente acautelando o conforto e proteção essencial à vida dos mais velhos.

Uma firmeza que não se esgota na palavra nem na dignidade e que alimenta a confiança dada à CDU e pela CDU, no compromisso de que um deputado da CDU não é apenas um, mas antes a força de todos, do povo, que sabe que nas suas agruras é com a CDU que pode contar, porque jamais falhou ou falhará no que mais importa ao povo, assente numa política patriótica e de esquerda que melhora as condições de vida dos portugueses, garante a paz e a soberania nacional, e encara o futuro no respeito pelos direitos, liberdades e garantias de todos, nomeadamente dos que mais precisam e dos
jovens cujo direito à construção de um futuro digno e livre não pode ser negado.

Terminamos com nova saudação de Viana do Castelo a todos os camaradas, a todos os
candidatos.

Com palavra, dignidade e confiança: CDU, Vida Melhor!

Viva o PCP!
Viva a CDU!
Viva Portugal!