Intervenção de Ricardo Lume, Membro do Comité Central e da DOR Autónoma da Madeira , Encontro Nacional do PCP sobre eleições e a acção do Partido

Por uma grande jornada de contacto

Por uma grande jornada de contacto

Gostaria de transmitir uma mensagem de confiança.

Somos agora chamados a empreender importantes batalhas eleitorais: as eleições antecipadas para Assembleia dos Açores, as eleições antecipadas para a Assembleia da República e ainda as eleições para o Parlamento Europeu. Temos uma clara noção das nossas vulnerabilidades, das adversidades e das nossas possibilidades. A ligação que temos aos trabalhadores e ao povo abre perspetivas para garantir a afirmação do nosso projecto para o futuro de Portugal, e para o reforço do PCP e da CDU.

Vamos ser confrontados com as “ladainhas” de que estas eleições são para eleger governos ou primeiros ministros, quando todos sabemos que estas eleições são para eleger deputados.

Vamos ser confrontados com os “mantras” das sondagens, que surgem como fatos feitos à medida para dar projeção aos partidos que melhor servem os interesses do capital.

Camaradas e amigos,

Todas estas dinâmicas de distorção dos objetivos destas eleições surgiram recentemente nas eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira.

Éramos confrontados diariamente com sondagens que colocavam o PCP fora do Parlamento Regional. A realidade foi bem diferente, camaradas. Não só mantivemos a nossa representação parlamentar, como a CDU aumentou a sua votação em percentagem e em votos expressos. A nossa força é a tal expressão que não surge nas sondagens, advém da nossa ligação intrínseca aos trabalhadores e ao povo, que dá expressão material à nossa afirmação: "contigo todos os dias".

É na proximidade com pessoas concretas que se dinamizaram iniciativas reivindicativas em cada um dos sítios, das localidades e dos bairros. Procurando estabelecer a ligação entre quem, como o PCP e a CDU, foi decisivo na hora de lutar. Nas empresas e locais de trabalho, exactamente com o mesmo objectivo de valorizar a iniciativa política que deu força às lutas concretas em determinados locais de trabalho.

Nesta dinâmica é fundamental identificar locais de intervenção prioritária, empresas prioritárias, locais de trabalho prioritários, garantir uma ampla campanha de ligação às populações e a cada luta concreta, pela valorização do trabalho, pelo aumento do salário, pelo combate ao aumento do custo de vida, pela defesa de um Centro de Saúde melhor ou pelo alargamento da rede de saneamento básico, levando cada uma destas lutas até ao voto.

Se o PCP e a CDU foram importantes na hora de lutar, agora na hora de votar também tem de ser CDU.

Está colocado o enorme desafio de transformar o respeito e simpatia depositadas no PCP e na CDU em expressão eleitoral - em mais votos e deputados - e com eles conquistar uma vida melhor. E será com a CDU reforçada com mais votos e deputados que se avançará na solução dos problemas dos trabalhadores, do povo e do País. A todo o Partido e a cada um dos militantes está, por isso, colocada uma tarefa da maior importância, quer do ponto de vista eleitoral, quer do ponto de vista político.

Cada um dos militantes do PCP e ativistas da CDU tem um papel determinante, seja na empresa ou local de trabalho, no bairro, na nossa rua, para demonstrar que as injustiças não são uma inevitabilidade, para afirmar que é preciso fazer das injustiças forças para lutar, que com a força do povo é possível viver melhor na nossa Terra.

A questão decisiva que está colocada nos próximos actos eleitorais não é a de optar entre quem no essencial vai manter a mesma política, servir os mesmos interesses e clientelas, e representar os interesses do grande capital.

O que está colocado é o de dar força a quem defende uma política alternativa, que rompa com as opções da política de direita, que ponha em primeiro lugar os direitos dos trabalhadores e os interesses do povo. Ou seja, dar mais força ao PCP e à CDU.

É para esta tarefa que estamos todos convocados!

Viva ao PCP!
Viva à CDU!