Intervenção de Catarina Menor, Encontro Nacional do PCP sobre eleições e a acção do Partido

A ação da juventude e da JCP

A ação da juventude e da JCP

Camaradas,

Preparamo-nos para uma grande batalha eleitoral, uma enorme oportunidade de romper com a política de direita e dar uma alternativa política para uma vida melhor ao povo português e à sua juventude.

Sabemos no contacto de todos os dias a urgência que tem esta alternativa, sabemo-la porque a sentimos na pele, e estamos confiantes de que os que lutam também têm consciência de que só há uma força política que é capaz de a materializar: a CDU.

Porque quando os estudantes da Escola Secundária da Baixa da Banheira organizaram uma concentração em luta por melhores condições materiais, foram os eleitos da CDU que lá estiveram comprometendo-se com as suas justas reivindicações. Quando estudantes de todo o País se organizaram para lutar por mais e melhores residências públicas, de que é exemplo a Residência Rafael Bordalo Pinheiro nas Caldas da Rainha, foi a CDU que acompanhou os seus anseios com propostas concretas, bem como os de todos os jovens trabalhadores que em nós confiaram para transportar a sua luta por uma vida melhor para a Assembleia da República.

Não negamos a grande ofensiva que existe. A invenção de casos para não se falar dos verdadeiros problemas do nosso país não são os salários baixos, as rendas proibitivas ou o desinvestimento nos cuidados de saúde, mas sim a carga fiscal e esses outros tantos mitos liberais.

Dos mesmos que com desplante nos falam de democracia, esse chavão que só querem que seja usado de 4 em 4 anos quando há eleições, mas quando os estudantes se querem organizar em Associações de Estudantes ou quando um jovem se quer sindicalizar aí a democracia já não existe.

Basta de areia para os olhos. O que se exige são soluções: subir os salários, acabar com o empobrecimento, fazer obras nas escolas que precisem, contratar mais professores e funcionários, acabar com os Exames Nacionais, com as propinas e as taxas, entre tantas outras que podíamos aqui enumerar.

Somos uma geração fruto de Abril e, apesar de não termos participado na Revolução, lutamos todos os dias pelo pleno cumprimento das suas conquistas.

Com o voto na CDU, vamos semear em Março para colher Abril: a Escola Pública Gratuita, Democrática e de Qualidade, o Ensino Superior Público para todos, o direito ao trabalho com direitos, o acesso livre à cultura e ao desporto, a garantia da paz. É nos valores fundamentais de Abril que está a solução para o desenvolvimento do País.

Está na nossa mão não deixar nem um amigo, colega ou companheiro de luta sem conhecerem a CDU. Que temos dois meses pela frente para dizer a todos os que querem uma vida melhor para si e para o seu povo que a luta tem espaço no voto, o voto na CDU!

E são já muitos os jovens que demonstraram o seu apoio ao nosso projecto. Que não nos esqueçamos, então, de lhes colocar que é na JCP, a organização revolucionária da juventude, que se devem organizar para continuar a luta que não começou quando anunciaram as eleições e não acaba no dia 10 de Março.

Que aproveitemos esta oportunidade eleitoral para alargar a nossa organização. É a altura de formar e responsabilizar novos quadros, aproximá-los da vida da organização, ajudando-a a chegar mais longe.

A campanha que queremos erguer exige isso. Uma campanha de esclarecimento e de trabalho militante, vamos para a rua, identificar os problemas concretos, do autocarro que não passa, do skatepark que não existe, da consulta adiada até ao salário que não aumenta: organizemos e mobilizemos para exigir soluções, levar a luta a desaguar no voto acertado.

Avançamos com a confiança de que o projecto da CDU não só é justo como extremamente necessário para o nosso povo e para a juventude. Está mesmo na nossa mão, por isso, mãos à obra.

Viva a JCP!
Viva o PCP!
Viva a CDU!
Juventude CDU! Voto eu e votas tu!