PCP condena massacre de palestinianos perpetrado por Israel

O PCP condena da forma mais veemente o bárbaro massacre cometido desde há semanas por Israel contra os manifestantes da «Grande Marcha do Retorno», que provocou, apenas no dia de ontem, 14 de Maio, mais de cinquenta mortos e milhares de feridos palestinianos.

A natureza criminosa dos dirigentes de Israel fica patente na sua premeditada opção de assinalar o 70.º aniversário da criação do seu Estado com um novo massacre do povo palestiniano, confirmando que a Catástrofe (Nakba) de há 70 anos – que expulsou das suas casas e terras mais de 750 mil palestinianos –, prossegue até aos nossos dias.

Um hediondo crime cuja responsabilidade recai igualmente sobre os Estados Unidos da América e as provocações do seu Presidente, Donald Trump, mas também sobre todos quantos têm sistematicamente dado cobertura à política sionista de Israel, convivido com a sua afronta permanente à legalidade internacional e garantido a impunidade dos seus crimes.

O PCP sublinha que os graves acontecimentos de ontem não foram "um confronto" entre "duas partes", como alguns procuram fazer crer, mas sim um massacre deliberado, em que manifestantes palestinianos desarmados foram friamente alvejados a tiro pelas forças israelitas. Palestinianos que justamente reclamam o respeito do direito do seu povo a uma Pátria independente e ao retorno dos refugiados, inalienáveis direitos que lhes são reconhecidos há mais de sete décadas por numerosas resoluções da ONU, mas que continuam por cumprir – dada a política sionista do "Grande Israel" que recusa a solução dos dois Estados, transforma Gaza numa prisão e está a apoderar-se violentamente dos territórios da Cisjordânia e de Jerusalém Leste.

A gravidade do momento não se compadece com declarações que, escamoteando o massacre e encobrindo os seus responsáveis, premeiam e escondem a conivência com a sistemática violação da legalidade internacional por parte de Israel – caminho que, a não ser travado, conduzirá a um desastre de ainda maiores proporções no Médio Oriente. O Governo português tem a obrigação de erguer a voz de Portugal na denúncia e condenação frontal desta inadmissível situação.

No 70.º aniversário da «Nakba» de 1948, o PCP, valorizando o acto público ontem realizado em Lisboa e o que hoje se realiza no Porto, reafirma a sua solidariedade de sempre ao heróico e mártir povo palestiniano e à sua luta pelas legítimas aspirações a um Estado independente, soberano e viável, com capital em Jerusalém Leste, e assegurando o direito de regresso dos refugiados, em conformidade com as inúmeras resoluções da ONU.

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