Grandiosa. Imensa. Exaltante. Estas são apenas algumas das palavras possíveis para descrever a arruada que a CDU realizou hoje na baixa lisboeta. Foram milhares os que, ao som da alegria do Projecto Bug, desceram as ruas do Carmo e Garrett, empunhando bandeiras de várias cores com os símbolos dos partidos que compõem a coligação – o PCP e o PEV – e entoaram palavras de ordem relativas a algumas das questões que a CDU considera prioritárias: o aumento dos salários, e do salário mínimo para 850 euros; creches gratuitas para todas as crianças até aos três anos; passes sociais ainda mais abrangentes e baratos, visando o objectivo da gratuitidade dos transportes públicos.
No final, junto ao Rossio, o Secretário-geral do PCP sublinhou que tudo o que de mais positivo foi possível alcançar nos últimos anos tem a marca da CDU e que só o seu reforço pode impedir que se ande para trás. Quanto à possibilidade de o PS poder capitalizar com medidas que partiram da CDU, Jerónimo de Sousa garantiu que o PCP e o PEV não fizeram o que fizeram com fins eleitoralistas, mas para servir os trabalhadores e o povo. Os manuais escolares gratuitos, o aumento do abono de família, o fim do pagamento especial por conta e a redução da taxa de IVA na restauração são algumas das medidas referidas.
Antes, a dirigente do PEV, e candidata por Lisboa, Mariana Silva, lembrou os 37 anos do seu partido, passados a defender o ambiente quando tal ainda não era moda. E assim continuarão, quando deixar de o ser uma vez mais. João Geraldes, da ID, recordou que o objectivo destas eleições é eleger 230 deputados e quantos mais forem da CDU mais certo é o avanço nos direitos.
