Assembleia da República

Por uma rede pública de creches e pela garantia de respostas às famílias

Sr. Presidente,
Srs. Deputados,

É com preocupação que o PCP tem acompanhado a situação das famílias com crianças que frequentam diversos equipamentos de apoio à infância. Às famílias foi colocado, mesmo durante o encerramento dos equipamentos, o pagamento das mensalidades das instituições, ao mesmo tempo que muitas mães e pais trabalhadores perderam o emprego, perderam salário, sentiram aumento das despesas familiares, criando-se dificuldades acrescidas ao pagamento da comparticipação familiar, que em muitas situações é mesmo incomportável.

Nem mais um cêntimo no Novo Banco sem o seu controlo público

No dia 16 de abril, o PCP perguntou, numa audição ao senhor ministro das Finanças, se perante a situação atual, em que os recursos públicos fazem tanta falta no SNS, no investimento público, no apoio à economia e aos trabalhadores, se pretendia manter a transferência de 850 milhões de euros para o Novo Banco.

Disse o Ministro na altura que a transferência fazia-se na mesma, porque os contratos são contratos, e são para respeitar.

Proibir a distribuição de dividendos na banca, nas grandes empresas e grupos económicos

Senhor Presidente,
Senhores deputados,

Tantas vezes se tem ouvido, nos últimos dois meses, que perante a COVID-19, estamos todos no mesmo barco.

Mas sabemos bem que não tem sido assim.

Ao mesmo tempo que os trabalhadores vêm os seus rendimentos abruptamente reduzidos, ou são ilegalmente despedidos; ao mesmo tempo que os pequenos empresários fazem enormes esforços para as suas empresas poderem sobreviver, sem que os apoios cheguem; temos tido vários exemplos de como os grandes grupos económicos mantêm as suas benesses intocadas.

É preciso apoiar as famílias com filhos em creches, pré-escolar e ATL

Sr. Presidente,
Srs. Deputados,

Nestas últimas semanas têm sido muitos os problemas e adversidades sentidas pelos pais e mães trabalhadoras:

- Despedimentos que atingem milhares de trabalhadores, muitos sem direito a qualquer protecção social;

- As situações de significativa quebra dos rendimentos familiares, nomeadamente dos salários, pelas mais variadas situações, entre as quais o lay-off, que atinge mais de 1 milhão de trabalhadores;

- Brutais atropelos aos direitos laborais a pretexto da crise sanitária.