Os elevados custos com a eletricidade, o gás e as telecomunicações têm um peso significativo no rendimento das famílias, sobretudo nas famílias com baixos salários e pensões. Têm também uma expressão relevante nos custos das micro, pequenas e médias empresas, que representam mais de 99% do tecido económico do nosso País.

Este é o resultado da liberalização e privatização de setores estratégicos para o País, que garante a acumulação de lucros colossais pelas empresas que os dominam, à custa das dificuldades do povo e da competitividade da economia.

Por isso, o PCP toma a iniciativa com a apresentação de propostas concretas para reduzir os custos com a energia e as telecomunicações.

O PCP propõe a reposição do IVA a 6% para a eletricidade (em todo o consumo de eletricidade); a reposição do IVA a 6% para o gás natural e o seu alargamento para o gás de botija e a redução para 6% do IVA das telecomunicações. Deste modo propõe-se reverter o “brutal aumento de impostos” do período da troica que ainda persistem com o apoio de PSD, PS e CDS. 

O PCP propõe a redução e fixação do preço do gás de botija em 20 euros. Não há qualquer justificação para que o preço do gás de botija em Portugal seja o dobro do preço praticado em Espanha. O gás de botija continua a ser uma das principais fontes de energia para mais de 2,2 milhões de famílias, muitas com baixos rendimentos, que são profundamente prejudicadas com os elevados preços praticados em Portugal, para alimentar os lucros dos grupos económicos do setor energético.

São propostas possíveis e necessárias para combater o aumento do custo de vida e apoiar as micro, pequenas e médias empresas.