A crise económica e social que Portugal e a generalidade dos países da União Europeia vivem não é dissociável das políticas da União Europeia e em particular dos constrangimentos e orientações da União Económica e Monetária – o Euro. Pelo contrário, a realidade demonstra que são essas políticas uma das mais fundas causas da actual situação.
Num momento em que é cada vez mais notória a incompatibilidade entre a União Económica e Monetária e políticas alternativas que favoreçam os direitos dos trabalhadores e dos povos, o crescimento económico e o emprego, e quando se debate a continuidade da UEM, o debate sobre o balanço e os constrangimentos do Euro adquire grande actualidade. Mas mais do que diagnósticos a situação exige respostas. A questão das rupturas necessárias, da dissolução da UEM, da preparação do País para a saída do Euro são questões centrais no debate da construção da política alternativa patriótica e de esquerda e na reflexão conjunta com outras forças progressistas e de esquerda da Europa.