Uma bactéria, Xylella fastidiosa, está a semear a ruína em grandes áreas do sul da Europa. A Xylella fastidiosa ataca uma grande variedade de plantas vitais para o homem. Assume proporções galopantes nos Estados Unidos em diferentes culturas (amêndoas, cítricos, videiras, café, etc.) e surgiu em 2013 na Europa em Itália onde dez por cento dos olivais poderão estar afectados.
Esta doença é transmitida de árvore em árvore por pequenos insectos sugadores atingindo rapidamente novos territórios. A situação é de emergência porque não há ainda cura para esta praga. O único caminho possível passa pelos abates sanitários onde haja sintomas.
Esta bactéria revela um processo de desenvolvimento de resistência aos actuais produtos fitosanitários. Por outro lado, cresce onde a biodiversidade é reduzida em função da intensificação dos processos de produção.
Pergunto à Comissão que medidas estão pensadas para fazer face a esta epidemia, designadamente em relação a medidas sanitárias visando evitar a propagação da doença, sem deixar de investir na procura de soluções para tratamento e combate ao agente e ao respectivo vector. Pergunto finalmente se não é momento de repensar a estratégia da PAC, que tem privilegiado processos intensivos em monocultura em detrimento da pequena e média agricultura familiar, mais sustentável..