Somos contra as reformas estruturais. Somos contra porque estas são parte do processo de governação económica do euro. Decorre dos programas de reformas apresentados no quadro do semestre europeu e estão naturalmente associadas às recomendações por países que procuram naturalmente vincular as reformas estruturais à agenda neoliberal da União Europeia.
Os portugueses percebem bem o que são estas reformas estruturais. Representam mais flexibilização do mercado laboral, privatização de serviços públicos e das funções sociais do estado.
Somos contra estas reformas e por maioria de razão contra este programa de apoio. Repudiamos também a possibilidade de usar fundos estruturais para financiar estes programas, contemplada nesta proposta.
O que Portugal necessita não é destas reformas estruturais. O que Portugal precisa são de políticas de reforço e modernização de serviços públicos e de apoio ao aparelho produtivo. Mas para isso importa romper com as políticas da União europeia e com os seus constrangimentos.