Declaração de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre a execução do programa Erasmus+

A criação do Erasmus + trouxe a maior mudança com a integração de todos os programas de educação e formação e da juventude sob um mesmo enquadramento. O sector do desporto é pela primeira vez adicionado ao programa como novo elemento de apoio.
Acompanhamos muitas das críticas que são feitas no relatório ao referido programa.
Mas consideramos que a crítica que o relatório faz às deficiências do programa são insuficientes. A promoção do endividamento precoce através do Mecanismo de Garantia de Crédito Estudantil, seria razão suficiente para não votarmos favoravelmente o relatório. Defendemos que o programa deve custear, a fundo perdido, todo o período fora o seu país de origem (propinas, alojamento, alimentação). De outra forma, só uma elite com maiores recursos financeiros beneficiam desta mobilidade. Promove-se a visão mercantilista do ensino e da formação, ao serviço do mercado, relacionando mobilidade com empregabilidade.
No relatório faltam muitas recomendações que levem a uma efetiva democratização e promoção do acesso ao ensino , ao desporto e à cultura, a defesa e valorização das línguas e a culturas dos diferentes EM, faltam recomendações tais como o apoio à livre criação e fruição artística, da elevação do conhecimento como parte integrante do progresso e do desenvolvimento pessoal.
Razões que justificam a abstenção.

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