Declaração de voto de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre a execução da Estratégia da UE para a juventude

O relatório tem elementos positivos. O impacto negativo sobre os jovens das medidas de austeridade a longo prazo, nomeadamente os cortes no financiamento de políticas de educação, cultura e juventude. Salienta ainda que as crescentes desigualdades, o risco de exclusão, a insegurança e a discriminação afetam significativamente os jovens particularmente dos grupos mais desfavorecidos. Reconhece o limitado alcance da estratégia. Defende: a criação de emprego de qualidade; a igualdade de tratamento no acesso ao emprego; condições de trabalho e remuneração justas; o respeito pelas convenções colectivas; combate à precariedade que afecta particularmente as mulheres; a integração dos jovens migrantes no mercado de trabalho, a igualdade de acesso à educação. Aborda ainda as questões da pobreza infantil e o fenómeno do abandono escolar precoce. Solicita um aumento do investimento público em questões relacionadas com a educação e juventude.
Contudo, enforma as ditas soluções e propostas, nas mesmas políticas da UE, desresponsabilizando-as como se a realidade delas estivesse desligada. Pois têm sido precisamente as orientações e políticas da UE que têm promovido a precariedade, os baixos salários, a desregulação do trabalho e dos horários, o ataque à segurança social pública, o desinvestimento público, a tendente privatização e elitização da educação, a privatização dos serviços públicos.
Razões que justificam a abstenção.

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