Intervenção de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Síria e Situação Humanitária

5000 sírios fogem todos os dias da violência para os países vizinhos.

É, sem dúvida, uma catástrofe humanitária que decorre de uma guerra que não devia existir. Mas uma guerra que não se trava apenas entre sírios, pois, ao contrário do que se tem dito, o que mais tem existido neste conflito é intervenção internacional.

Hoje, é público e assumido que esta guerra é arquitectada, financiada e conduzida desde o exterior e que, portanto, sem a acção criminosa dos EUA, das potências alinhadas da NATO, de Israel e das ditaduras do golfo pérsico, a actual guerra não seria possível.

Os mesmos que são considerados terroristas no Mali são na Síria transfigurados em "Exército Livre", como foram na Líbia designados de "rebeldes". Para os EUA tudo vale para a desestabilização da região do chamado Grande Médio Oriente, tudo vale para defender os seus interesses no controlo da economia mundial e na geopolítica.

Muito bem, queremos proteger os cidadãos sírios e queremos a paz - a melhor forma, de o fazer a largo prazo é promover a solução política e que nem a UE nem nenhum Estado Membro pactue ou participe na intervenção estrangeira em curso na Síria, ou seja, não apoie o treino e armamento de terroristas que se dedicam a destruir, a atacar e a saquear edifícios públicos e privados, a atentar contra infra-estruturas energéticas e a raptar cidadãos.

Os refugiados sírios agradeceriam.

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