Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Serviços financeiros:ausência de progressos no calendário do Conselho e da Comissão

Ao contrário do que afirma a maioria do PE, a ausência de progressos no calendário do Conselho e da Comissão para a adopção de certas propostas não são más notícias para os povos dos países da UE. Pelo contrário. Quanto mais tardar a sua conclusão menores serão as consequências negativas que daí advêm. Trata-se, em concreto, da chamada união bancária, instrumento de aprofundamento do federalismo e do neoliberalismo no sector financeiro que promove a fusão, aquisição ou o encerramento de bancos de menor dimensão, ou seja a sua concentração e centralização ao nível da UE e o aumento da taxa de lucro – particularmente nos bancos das grandes potências. Trata-se da retirada de cada país do controlo, da supervisão e da decisão de aceitação ou não de criação de novas instituições – processo que dificulta a única solução possível para os problemas que enfrenta o sector bancário: a sua nacionalização. Trata-se de todas as propostas que mantém intocáveis os mecanismos especulativos do sector financeiro, nomeadamente dos chamados derivados financeiros e dos produtos financeiros tóxicos. Trata-se dos mecanismos que permitem manter intocável a dependência do financiamento dos Estados pela banca privada e a especulação sobre as suas dívidas soberanas.

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