Trata-se de mais uma resolução do Parlamento Europeu que se insere em décadas de ingerência da União Europeia na República da Bielorrússia, em que foram promovidas diversas operações de desestabilização contra este país.

Uma acção que visa, entre outros gravosos aspectos, a imposição de relações de dependência económica e de domínio político, que passam pela continuação da política de privatização, de desmantelamento e de controlo de sectores estratégicos da economia deste país e pelo propósito do alargamento da NATO.

A instrumentalização e financiamento de entidades diversas com milhares de milhões de Euros; a aplicação de sanções unilaterais – como as que a UE aplicou ao comércio do potássio – que procuram afectar negativamente a economia e as condições de vida do povo bielorrusso, afectando também a economia e as condições de vida dos povos dos países que integram a UE, e de outros países e povos do mundo; a exigência da proibição da participação de atletas bielorrussos em competições desportivas internacionais; são exemplos que elucidam até onde chegou o percurso e a estratégia de ingerência e confrontação promovida pela UE, alinhada com os EUA e a NATO, contra a Bielorrússia e o seu povo.

Consideramos que a relação da UE e dos seus Estados-Membros com países terceiros, nomeadamente com a Bielorrússia, deve ser pautada pelo respeito da soberania e independência nacional, respeitando o direito de cada povo a decidir do seu presente e futuro livre de ingerências externas, promovendo a paz, uma cooperação mutuamente vantajosa.

No entanto, este relatório insere-se na política de escalada de confrontação e guerra na Europa, contrária à necessária abertura de vias de negociação visando alcançar uma solução política para o conflito que assegure a paz, a resposta aos problemas de segurança colectiva e do desarmamento na Europa, o cumprimento dos princípios da Carta da ONU e da Acta Final da Conferência de Helsínquia.