A proposta de Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020 representa uma diminuição, em termos relativos, face ao actual. Com estas perspectivas financeiras, não haverá coesão económica e social mas sim mais divergência.
E nem os cortes intoleráveis que alguns querem impor no Conselho tornam a proposta da Comissão suficiente ou mesmo aceitável.
Relativamente às pescas e assuntos marítimos, a proposta prevê uma dotação global de 6 mil 685 milhões de euros para o principal instrumento de financiamento do sector - o Fundo Europeu das Pescas e dos Assuntos Marítimos, o que representa uma média anual de 955 milhões de euros para o período de vigência do QFP 2014-2020. Este valor é inferior ao previsto para 2013, o último ano do actual Quadro Financeiro (2007-2013). Os valores previstos para cada um dos anos de vigência do QFP 2014-2020 são sempre inferiores ao valor previsto para 2013 no actual Quadro Financeiro.
Ou seja: mesmo sendo o actual Quadro Financeiro Plurianual muito insuficiente, a proposta para o próximo é ainda pior.
Quanto à coesão, propõe-se o desvio de verbas - já de si magras - para outras finalidades. Isto mesmo o faz também este relatório, o que é razão suficiente para a sua rejeição.