É frequente aparecerem nas cargas de azeitona colhida centenas de aves mortas aspiradas por máquinas durante a apanha noturna em áreas de olival superintensivo. As máquinas de apanha começam a trabalhar à noite, aproveitando o período de repouso das aves. Ainda assim, o ruído e a iluminação configuram uma ameaça para estes animais, uma vez que estes aparelhos podem cegar os pássaros, incapacitando-os de fugir – isto faz com que as aves acabem por ser sugadas em grande número. O ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Floresta) estima uma média de 6,4 aves mortas por hectare. Várias associações reclama a proibição da apanha noturna, alegando que esta viola diretiva Aves. Grande parte das novas plantações de olival têm sido financiados com apoios comunitários.
Pergunto à Comissão Europeia que avaliação faz deste impacto do olival superintensivo e se está ou não equacionada alguma medida destinar a mitigar este efeito. Pergunto, designadamente, se pensa introduzir novas regras neste domínio na atribuição dos apoios ao investimento no olival intensivo e superintensivo.