Internacional

O atentado em Nassyria e o envio do contingente da GNR

O devastador atentado ocorrido em Nassyria vem confirmar que no Iraque não há zonas seguras e vêm pôr em evidência que, por condenável teimosia do Governo, os nossos compatriotas integrantes do contingente da GNR vão ser expostos a riscos consideráveis e muito preocupantes numa missão que, como ontem o PCP sublinhou em comunicado, «não corresponde a nenhum interesse nacional, de defesa da paz na região ou de garantia de devolução da soberania ao povo iraquiano».

Encontro de partidos de esquerda em Paris

A convite do Partido Comunista Francês reuniram-se em Paris cerca de duas dezenas de partidos comunistas e outros partidos de esquerda da Europa, em que o PCP esteve representado por Albano Nunes, do Secretariado do Comité Central e responsável pelas relações internacionais e por Pedro Guerreiro, do CC do PCP e do secretariado político do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/ Esquerda Ve

«Preemptive (2)»

A questão da guerra preventiva perpassou na política americana ao longo de todo o período da Guerra Fria, invocada essencialmente pela extrema-direita anticomunista

«Preemptive (1)»

Um interessantíssimo artigo de Arthur Shlesinger Jr. sobre a guerra do Iraque (NYRB, 23/X: Eyeless in Iraq) chamou-me a atenção para um pormenor de especial significado sobre a nova «doutrina Bush» e que os tropeços das línguas e tradução faz passar despercebido.

De forma breve, o novo conceito de defesa de Washington institui o recurso a guerra preventiva, de que o primeiro exemplo foi o Iraque. Sucede, porém, que a expressão utilizada a 1 de Junho em West Point por George W. Bush nem sequer é preventive war mas sim preemptive war - assinalável diferença.

«Petróleo»

O conflito que se desenvolve em Moscovo pode ter significados e implicações mais profundas do que ajustes de contas na actual classe dirigente russa.

O facto de a prisão de Mikhail Khodorkovsky ter desencadeado a crise levou a qualificá-la como mais um episódio do esforço de Vladimir Putin para se desembaraçar dos oligarcas da época Ieltsin, e a figura de Khodorkovsky autoriza a interpretação.

«Afinal...»

Um interessante livro recentemente publicado nos EUA, Gold, Dollars & Power _ The Politics of International Monetary Relations 1958-1971, de Francis J. Gavin (uma análise da política monetária internacional da guerra fria) recorda inevitavelmente um outro trabalho de 98, Cold War Culture _ Media and the Arts, 1945-1990, de Richard Schwartz.

Nos dois casos os autores tiveram acesso a documentação entretanto desclassificada e há abundantes revelações.

«Guerra e paz»

A decisão do Conselho de Segurança sobre o Iraque é um documento contraditório, dificilmente susceptível de leituras simplistas estilo José Manuel Fernandes falando em «vitória dos EUA» ou Durão Barroso dizendo que já há legitimidade para enviar a GNR para Bagdad (então antes não havia?....)

Washington conseguiu obter apoio para as suas dificuldades por parte de governos muito críticos, mas é incontornável perguntar porque é que os americanos vêm agora implorar a legitimação e apoio da ONU que imperialmente recusaram quando unilateralmente desencadearam a agressão.

«Alternativas possíveis»

Na área económica, dois acontecimentos internacionais da maior importância tiveram lugar durante os últimos dias: os resultados da Cimeira da OMC, em Cancun, e a recusa do povo sueco no referendo sobre a adesão ao euro.

Naturalmente que estes acontecimentos se deram no momento em que vivemos uma situação política e económica mundial muito difícil, quer no plano global, quer a nível europeu, o que preocupa cada vez mais os trabalhadores e os mais diversos povos de numerosos países.

PCP saúda Partido da Esquerda da Suécia pelo resultado do Referendo

O Secretariado do PCP enviou ao Partido da Esquerda da Suécia «calorosas felicitações pelos resultados alcançados no Referendo de ontem» salientando que «o claro “não” do povo sueco, apesar de todas a poderosas pressões e a comoção que abalou os dias que precederam a votação» constitui um importante incentivo à luta por um outro rumo para a UE e por «uma outra Europa, de paz, progresso e cooperaçã

Sobre a Cimeira da Organização Mundial do Comércio, em Cancun

1. Está em curso a Cimeira da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Cancun. O desenrolar destas negociações, que devem, segundo o calendário estipulado em Doha, terminar em 19 de Novembro de 2005, assume particular importância a nível mundial, nomeadamente quando os sinais da retoma económica continuam adiados e os resultados da dita «globalização» são cada vez mais evidentes, com as crescentes injustiças do sistema de comércio internacional e o agravamento do fosso entre ricos e pobres.