Declaração de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP

Empresas com milhões de lucro, despedem centenas de trabalhadores em Sines. A luta é mais do que justa

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Estamos aqui num acto de solidariedade para com centenas de trabalhadores que por razões de vínculos precários, estão ameaçados de um despedimento com esta dimensão por parte de uma empresa subcontratante, é evidente que a empresa é a Petrogal, que devia ser responsável também por isto e que permite que esses trabalhadores com vínculo precário, já de si mais vulneráveis, conheçam a ameaça do despedimento com todas as consequências sociais e laborais que levam a um desfecho dessa envergadura.

Não é aceitável nem é compreensível que se aproveitem desta situação de surto epidémico, que procurem liquidar postos de trabalho e salários, criando aqui uma situação dramática para essas centenas de trabalhadores. Os trabalhadores estão aqui presentes. Creio que mais uma vez se confirma aquele princípio de que os direitos defendem-se exercendo-se. Estão a exercer o direito de manifestação, de indignação, de luta pela defesa do seu posto de trabalho, pela luta pelo emprego, e por isso esta expressão de rua tem um grande significado num tempo em que pedem às pessoas para baixarmos braços, para se confinarem, para não lutarem. Eles têm razão para travar esta mesma luta, com todo o sentido «desresponsabilização por parte, designadamente do governo e do Estado, que permitem o arbítrio, aproveitando a maré para proceder a esses despedimentos.

Estamos solidários. A luta deles vai ter que continuar porque são eles os principais e únicos obreiros dessa mesma luta, desse grande objectivo que é a defesa do posto de trabalho. Os trabalhadores da Martifer podem contar connosco. Os trabalhadores que estão ameaçados podem contar connosco. Podem contar com a solidariedade do Partido Comunista Português.

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