Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Emissões de Gases de efeito de estufa

Discordamos fortemente da abordagem de mercado seguida pela União Europeia no domínio das emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE).

As limitações e contradições desta abordagem estão hoje bem à vista no funcionamento do mercado do carbono.

Rejeitamos por isso que a aferição e reporte de fluxos de carbono possa, de alguma forma, alimentar esta lógica de mercado, subjacente a toda a abordagem à problemática das alterações climáticas.

Mas reconhecemos a importância de melhorar o nosso conhecimento sobre os fluxos de carbono e sobre o papel dos solos nesses processos.

O solo constitui o maior reservatório de matéria orgânica da Terra e essa matéria orgânica é essencial à sua fertilidade. A preservação desse carbono, assim como o estudo e monitorização dos mecanismos subjacentes à sua fixação e aos seus fluxos, aos impactos antropogénicos, são muito importantes.

O empenho na promoção de um programa internacional de investigação e cooperação neste domínio poderia constituir um importante contributo para colmatar as lacunas de conhecimento hoje existentes.

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