Discordamos fortemente da abordagem de mercado seguida pela União Europeia no domínio das emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE).
As limitações e contradições desta abordagem estão hoje bem à vista no funcionamento do mercado do carbono.
Rejeitamos por isso que a aferição e reporte de fluxos de carbono possa, de alguma forma, alimentar esta lógica de mercado, subjacente a toda a abordagem à problemática das alterações climáticas.
Mas reconhecemos a importância de melhorar o nosso conhecimento sobre os fluxos de carbono e sobre o papel dos solos nesses processos.
O solo constitui o maior reservatório de matéria orgânica da Terra e essa matéria orgânica é essencial à sua fertilidade. A preservação desse carbono, assim como o estudo e monitorização dos mecanismos subjacentes à sua fixação e aos seus fluxos, aos impactos antropogénicos, são muito importantes.
O empenho na promoção de um programa internacional de investigação e cooperação neste domínio poderia constituir um importante contributo para colmatar as lacunas de conhecimento hoje existentes.