Como salientei em anterior pergunta à Comissão, o próximo alargamento da UE a países do Centro e do Leste da Europa terá consequências económicas e sociais significativas, nomeadamente para as regiões e Estados membros com estrutura económica aproximada a esses países, como é o caso de Portugal.Aliás, não se compreende como pode ter sido proposto um quadro de financiamento para o alargamento, apenas tendo por base a avaliação do seu impacto "ao nível da UE", sendo evidente que esta não é uma realidade económica homogénea, existindo flagrantes diferenças entre países, regiões e sectores produtivos.Relativamente a Portugal, têm vindo a ser apontadas diversas consequências do alargamento, como as deslocalizações de empresas e a perda de investimento directo estrangeiro para os novos países da UE no quadro de uma concorrência acrescida, com negativas consequências para o emprego e o desenvolvimento económico do País.Entretanto - e somente após a Cimeira de Copenhaga ter decidido o quadro financeiro para o alargamento - a Comissão terá decidido criar um grupo de peritos para estudar as consequências do alargamento e responder a "questões colocadas pelo público".Desta forma pergunto à Comissão:1. Tem consciência que a UE não é uma realidade económica homogénea e que irão verificar-se diferentes impactos nos diversos países da UE? Se sim, qual a avaliação que faz desses impactos, por país?2. Quais os recursos financeiros e medidas que pensa tomar para apoiar os países, regiões e sectores mais afectados pelo alargamento, como Portugal? Prevê a criação de mecanismos (programas especiais de apoio ao desenvolvimento económico, como aconteceu em anteriores alargamentos) que contribuam para anular essas consequências económicas e sociais negativas?3. Quais os objectivos apontados e os resultados que espera alcançar com o grupo de peritos recém criado?Resposta