De acordo com informações veiculadas na imprensa, o Serviço Europeu de Acção Externa lançou um concurso para contratação de serviços de segurança privada para as suas instalações em Cabul, Afeganistão, pelo valor de 100 milhões de euros (bem acima de outros contratos similares).

Entre as empresas e consórcios concorrentes a este negócio estarão, entre outros: a G4s (alvo de denúncias por envolvimento em casos de sevícias, tortura e assassínios de presos políticos palestinianos em Israel); o Constellis Group (ao qual se aponta o envolvimento em mortes arbitrárias de cidadãos iraquianos durante a invasão norte-americana, contrabando de armas e práticas de terrorismo contra populações civis); a Saladin Security (envolvida em assaltos e assassínios, segundo as autoridades afegãs, e conhecida pelo envolvimento no treino de terroristas no Afeganistão nos anos 80); a Garda World (da qual existem notícias sobre o envolvimento em contrabando de armamento no Afeganistão); além do Page Group, actualmente contratado pela UE (suspenso pelas autoridades afegãs por evasão fiscal e acusado de facturação de serviços não prestados em valor superior a 1 milhão de euros).

Solicito informações detalhadas sobre este concurso, sobre a contratação do Page Group e sobre a opção por alimentar um negócio em que operam grupos reconhecidamente nebulosos, aos quais são atribuídas práticas ilegítimas e criminosas.