Integrado no Roteiro para a Ciência e Tecnologia, uma delegação do PCP visitou o Instituto Gulbenkian de Ciência. A visita proporcionou a oportunidade de tomar contacto com as várias áreas de investigação onde trabalham cerca de 400 pessoas, dos quais 280 são investigadores oriundos de mais de 40 nacionalidades.

Na reunião em que participaram um Administrador da Fundação Gulbenkian e a Directora do Instituto, foi possível uma troca de opiniões sobre a realidade da investigação científica em Portugal e a contribuição do Instituto para a internacionalização do trabalho que ali se desenvolve e para o desenvolvimento científico do País.

Desde já aproveito esta oportunidade para agradecer à Gulbenkian e ao seu Conselho de Administração por nos receber aqui no seu Instituto. 

Estamos dar continuidade ao nosso Roteiro da Ciência e Tecnologia, nesta ideia que temos de que a ciência e as tecnologias são fundamentais para desenvolvimento do país. Precisamos que se invista muito na ciência e tecnologia, de maneira que todo esse conhecimento adquirido seja posto a serviço do País e da sua produção nacional.

Temos gente muito dedicada, investigadores de alto gabarito, gente que é reconhecida internacionalmente pelo seu esforço, pela sua dedicação e pelo seu empenho, é preciso, então, que se corresponda a isto no dia-a-dia. É preciso, naturalmente, investimento privado, mas é preciso que o Estado assuma o papel, que tem de ter, de investimento no sistema científico e tecnológico para corresponder às necessidades do país.

Um investimento que garanta a estabilidade das instituições e, acima de tudo, a estabilidade daqueles que, na prática, produzem essa investigação - os investigadores - e que garanta essa estabilidade no combate à precariedade desta gente altamente qualificada, para que tenha boas condições de reter esse conhecimento no nosso País, porque é isso que faz falta a Portugal.

Nós temos um país com muitos problemas, como muitas dificuldades, que atravessa uma situação muito difícil, muito exigente, mas temos muitas potencialidades e é isso que queremos valorizar e puxar com este roteiro que andamos fazer.

Começamos em Évora, estamos aqui hoje e procuramos desenvolver em todo o país para conhecer a realidade no concreto, mas também para valorizar toda esta riqueza que temos e que precisa de investimento, precisa valorização de todos os seus profissionais, para que esse conhecimento seja posto a serviço do País.