A mutilação genital feminina é uma das formas mais hediondas de violência contra as mulheres, é uma violação grave dos seus direitos e dos direitos das crianças, causando lesões irreparáveis à sua saúde física, sexual e psicológica e causando mesmo a morte.
Esta é a forma mais brutal de alienação da mulher nos sistemas patriarcais. Mas, para além da melhoria dos quadros penais e da sua aplicabilidade, o combate ao obscurantismo não pode ser separado da luta pela protecção e reforço dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, pelo acesso à educação sexual, pela melhoria da saúde materno-infantil, matérias em que existem hoje regressões inaceitáveis devido à tão “protegida” coordenação macro-económica da UE, com tudo o que esta implica.