Declaração de Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central, Declaração à imprensa

Sobre a reunião no Infarmed de dia 27 de Abril

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1 – Mais de um ano após os primeiros casos de Covid-19 referenciados em Portugal, a evolução da situação social e económica é particularmente preocupante quando consideramos o encerramento de milhares de micro, pequenas e médias empresas, os problemas que atingem os sectores mais vulneráveis da população, o crescimento acelerado dos níveis do desemprego, milhares de despedimentos, salários em atraso, entre outras consequências.

Neste quadro, é absolutamente essencial que sejam postas em prática as medidas aprovadas e inscritas no Orçamento do Estado particularmente as dirigidas a sectores mais fustigados pela epidemia e por impactos anteriores como é o caso do turismo, da restauração, da hotelaria e da cultura e aos milhares de trabalhadores e micro, pequenos e médios empresários nestes sectores de actividade.

Pelos impactos no presente e no futuro do País, o facto das escolas terem estado encerradas durante largos períodos em dois anos lectivos consecutivos, 1,5 milhões de crianças e jovens têm sido confrontados com a degradação das aprendizagens, comprometendo parte importante do seu percurso escolar.

2 – Perante a situação económica e social que o País atravessa e a evolução verificada nos indicadores da epidemia, não há nenhuma justificação para continuar com medidas restritivas que impedem o normal funcionamento da vida social, económica, cultural e desportiva.

A evolução verificada confirma o erro de uma estratégia fixada em critérios estritamente epidemiológicos para decidir da abertura e encerramento de actividades económicas.

3 – A solução não é continuar com uma estratégia de “confinar, desconfinar, voltar a confinar”, mas assegurar medidas imediatas que garantam a dinamização da actividade social, económica, cultural e desportiva, estabelecidas que sejam as condições de segurança sanitária. Não pode mais ser escondido o crescente sentimento de rejeição por parte dos trabalhadores e das populações das medidas restritivas.

Como os indicadores anunciados hoje confirmam e tal como o PCP há muito reclama, a solução mais sólida e eficaz no combate à Covid-19 passa pela vacinação rápida de todos, pela testagem massiva e pelo rastreio de todos os novos casos. Insistimos que para que este objectivo possa ser atingido o Governo deve assegurar a diversificação da aquisição de vacinas já referenciadas pela OMS, e recrutar os profissionais necessários.

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