Terminámos a audiência com o Sr. Presidente da República. A primeira palavra que ia transmitir, e tive a oportunidade de transmitir ao Sr. Presidente da República esta preocupação, é que não é possível continuar calado, não é possível continuar nesta profundo hipocrisia e cinismo face à situação que se passa neste momento na Palestina, em particular que afecta 2 milhões de pessoas e em particular mais de 1 milhão de crianças. E é preciso acabar com este cinismo, com esta hipocrisia, com este genocídio que está em curso, cúmplice, com este genocídio cúmplice, quer para a União Europeia, quer para os Estados Unidos, por Trump e pela própria NATO. E o nosso governo, o governo de Portugal, tem a obrigação, tem a obrigação de fazer mais do que aquilo que tem feito, muito mais do que aquilo que tem feito. E, portanto, esta primeira nota queria aqui deixar. Tivemos a oportunidade de colocar isto ao Sr. Presidente da República e não é possível passar um minuto calado sobre a situação que está a ocorrer.
O segundo elemento que queria sublinhar, fomos ouvidos pelo Sr. Presidente da República, tivemos a oportunidade de dizer de registar, de sublinhar que no quadro em que as eleições se realizaram, o resultado obtido pela CDU é um resultado de resistência, é um importante sinal de resistência e que nos dá as condições, a força e a determinação para, desde o primeiro minuto, enfrentar uma política que não corresponde aos interesses da maioria do nosso povo, daqueles que cá vivem e cá trabalham. E com toda a frontalidade dissemos ao Sr. Presidente da República, que será esta a nossa postura. Uma postura de combate à política, política que conhecemos, quer deste ano que esteve em vigor, quer daquilo que está agendado para o futuro, que conhecemos. E não só conhecemos, como lhe damos combate e fazemos este apelo. Também tivemos a oportunidade de partilhar isso com o Sr. Presidente da República. Este apelo a todos os democratas, todos os patriotas, todos aqueles que cá vivem e trabalham, que este não é um momento para ficar à espera de nada, este não é um momento para ilusões, este é um momento para enfrentar, para resistir e para enfrentar a política e as forças que vão dar corpo a essa política. E eu já tive a oportunidade de afirmar, não é preciso esperarmos para que seja total o desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde, para que se tenha a perspectiva de assaltar a segurança social, para assaltar as leis laborais, para acentuar ainda mais a precariedade, ou chegar ao fim do processo de privatizações, não é nessa altura que vamos lamentar o que foi feito, é agora que é preciso travar e é este apelo que fazemos também a todos, aos democratas, aos patriotas, em todas as frentes, em todas as áreas de combate, este apelo de resistência e de abrir caminho, um caminho novo que se impõe para o nosso país. Como disse, este é um apelo à luta e à mobilização em todas as frentes, desde logo também nas batalhas autárquicas, onde estamos a trabalhar com muita intensidade no alargar desta profunda frente popular e unitária que é a CDU, um projeto com provas dadas, um projeto de liberdade e democracia, um projeto que procura responder aos problemas das pessoas, e o apelo que fazemos é este: é que todos aqueles democratas e patriotas não só o apoiem, mas que participem e sejam protagonistas desta frente popular e unitária que é a CDU para este combate autárquico que vamos travar nos próximos meses.