Intervenção de Jerónimo de Sousa, Comício CDU

A Amadora precisa de uma força como a CDU que se afirmou pelo rigor na gestão urbana, na valorização do espaço público e ambiente

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Caros amigos e camaradas:  

Uma forte saudação a todos os presentes, à população da Amadora, aos nossos amigos e companheiros de coligação, aos independentes, aos candidatos e a todos os que participam neste grande projecto de progresso e desenvolvimento que é a CDU!

Entrámos na derradeira fase da importante batalha eleitoral para as autarquias, marcada para o próximo dia 26 de Setembro!
Amanhã abre oficialmente a campanha eleitoral. Uma campanha que temos razões para encarar com confiança.

A confiança de quem tem candidatos com experiência, capacidade de realização e provas dadas na defesa dos interesses das populações, conhecedores da realidade, dos problemas e dos desafios que se colocam ao desenvolvimento deste concelho e de cada uma das suas freguesias.  

A confiança de quem tem um passado de realização nas autarquias e em particular neste concelho. 

A confiança de quem provou ser capaz de se assumir, como uma voz indispensável na defesa dos interesses das populações deste concelho da Amadora e de toda esta Região.

Sim, temos candidatos, gente séria e dedicada e temos um projecto distintivo – o reconhecido projecto da CDU -, assente no trabalho, na honestidade e na competência, como solução e força alternativa quer a PS, quer a qualquer das outras forças políticas. 

Um projecto distintivo de uma força preparada e em condições de assumir todas as responsabilidades que a população lhe queira confiar!

A CDU está neste combate eleitoral convicta de que é possível avançar e crescer, lutando pela viragem na vida do concelho da Amadora. 

Sim, estamos aqui determinados a lutar por devolver a Amadora a uma gestão vinculada aos valores de Abril, àquela gestão que assegurou um inegável progresso e desenvolvimento neste concelho e que hoje, pela mão do PS se perdeu.

A Amadora precisa de uma gestão identificada, próxima e conhecedora da vivência e aspirações das populações.

Precisa de uma força como a CDU que faz da participação popular e da proximidade às populações o eixo fundamental do seu estilo de exercício de poder assente numa política de verdade e transparência com as populações.

Precisa de uma força que, como nenhuma outra, se afirmou pelo rigor posto na gestão urbana, na valorização do espaço público, na atenção dada ao ambiente, na concretização em níveis superiores de prestação de serviços básicos, opções e critérios de igualdade e justiça social. 

Desta força que sabe que neste concelho o direito à Habitação não está assegurado e que há muito a fazer na construção de espaços urbanos humanizados. 

E por isso não só exige como quer respostas sérias, de fundo, da parte do governo do PS, que não sejam orientadas para a especulação imobiliária nem para os grandes interesses económicos, mas respondam às necessidades da população. 

Sim, a habitação é um problema sério a requerer investimento do Estado e intervenção das autarquias.

Um problema sério de mais para ser jogado demagogicamente como trunfo eleitoral pelo PS e o seu governo que anda para aí a prometer mundos e fundos que estão longe de dar resposta às carências de habitação existentes.

O Governo PS continua empoladamente a acenar com a chamada Nova Geração de Políticas de Habitação, com meios insuficientes e que estão longe de corresponder à solução do que anunciam. 

Neste domínio, não chegam designações atractivas, são precisos outros recursos e também outras medidas!

O PS com beneplácito do PSD, CDS e seus sucedâneos IL e Chega continuam uns por opção, outros por convicção a adiar o que há muito devia ser feito, revogar a lei dos despejos, assegurar estabilidade no arrendamento garantir que as rendas são compatíveis com os rendimentos disponíveis dos trabalhadores. Tal como vimos sucessivamente propondo.

Sim, a Amadora precisa de uma força como a CDU que deu e dá, onde está em maioria, também um impulso inigualável na democratização da cultura, na valorização do património e na generalização da prática desportiva.

Precisa desta força que se distingue pela sua posição intransigente de defesa dos serviços públicos, de todos no acesso à saúde, à habitação, à protecção social, à mobilidade e em defesa da água enquanto bem público. 

Uma força que como nenhuma outra assume a defesa do Poder Local democrático, que defende a reposição de freguesias e se opõe à desresponsabilização do Estado, nomeadamente com a sua falsa descentralização. 

Precisa da CDU, desta força que dá uma particular atenção e cuidado aos problemas das crianças, aos jovens, aos idosos, aos mais pobres e desfavorecidos.

Precisa de uma força como a CDU com uma intervenção distintiva na atenção que dá aos direitos dos trabalhadores e, em particular, à valorização dos trabalhadores das autarquias, como o prova a sua activa solidariedade com todas as suas lutas por melhores salários e a valorização das carreiras e profissões e agora, com o Suplemento de Penosidade e Insalubridade, consagrado pela acção e proposta do PCP.

Desta força que não se resigna face às injustiças e às desigualdades, que afirma com confiança que é possível uma política diferente. 
A Amadora precisa desta força de intervenção e luta. Desta força que não desiste! 

Foi assim com a conquista da redução do preço do Passe e do seu alargamento a todos os operadores que, durante mais de 20 anos, propusemos e enfrentamos a oposição do PS, do PSD e até a indiferença do BE. 
Não desistimos e conseguimos!

Sabemos que a batalha não está terminada. Agora é imprescindível complementar a redução do custo dos passes com mais oferta, mais qualidade, segurança e fiabilidade dos transportes. 
Sim, necessitamos de mais e melhor oferta! 

São precisos mais comboios e mais autocarros, tal como é preciso que a conquista do Passe avance no sentido da sua progressiva gratuitidade. 
Sim, a luta vale a pena! A CDU vale a pena!

São muitas as razões para apoiar e votar CDU e nós estamos convictos que as populações deste concelho vão apoiar e reforçar a CDU, com mais mandatos e mais votos!

Caros amigos, camaradas: 

As próximas eleições autárquicas constituem uma batalha política de grande importância pelo que representam no plano local, mas também pelo que podem contribuir para dar força à luta que travamos no plano nacional para melhor defender os interesses dos trabalhadores, do povo e do País. 

Num período onde pesam agravados problemas económicos e sociais, agravados pela epidemia e pelo aproveitamento que dela têm tirado os grandes interesses económicos, mais importante e decisiva é a presença e intervenção de uma CDU reforçada para responder a esses problemas que as populações enfrentam.

Muitos destes problemas, sabemo-lo, não são de hoje, são o resultado da política de direita de anos e não se manifestaram apenas com a epidemia, como não são de hoje as dificuldades de mobilidade ou as visíveis carências de habitação. Estão, porém, agora, mais agudizados e ampliados. 

Desde logo aqueles que atingem os trabalhadores, que viram neste ano e meio acentuarem-se as práticas e pressões de desvalorização do trabalho, das profissões, dos salários, mas também a desregulação e aumento dos horários e de forma crescente a chantagem dos despedimentos colectivos, com particular evidência nas grandes empresas dos grupos monopolistas e multinacionais. 

Na situação que temos vivido e nestes últimos tempos os portugueses puderam verificar quão importante é ter esta força consequente que se congrega na CDU.

Tem sido a sua intervenção e acção, juntamente com a luta dos trabalhadores e das populações que tem permitido nestes tempos difíceis para o nosso povo, conter e minimizar uma degradação maior das condições de vida.          

Foi pela acção, intervenção e trabalho do PCP que no presente ano um milhão e novecentos mil pensionistas conseguiram ter aumentos de pensões.

Foi pela acção e intervenção do PCP que foi possível assegurar o pagamento dos salários por inteiro aos trabalhadores em Lay-off desde o princípio do ano; 

Garantir a 200 mil pessoas os apoios dirigidos aos trabalhadores independentes e outras pessoas sem proteção social, mas também a mais de 50 mil trabalhadores desempregados que viram o seu subsídio de desemprego prolongado. 

Foi pela acção do PCP que cerca de 20.000 crianças ficaram abrangidas pela medida gratuitidade das creches.

É inegável o impacto positivo na vida de milhões de portugueses das medidas de aplicação directa inscritas no Orçamento por proposta e iniciativa do PCP. 

O PCP tem apresentado soluções que, a serem adoptadas, responderiam à dimensão dos problemas nacionais e das desigualdades e injustiças que persistem.

Tem sido o caso das inúmeras propostas para melhorar direitos laborais, para prolongar moratórias bancárias e defender inquilinos e pequenos e médios empresários das consequências de previsíveis incumprimentos; ou a proposta para fixar um regime máximo de preços de combustíveis e energia face ao seu persistente aumento.

O PS teve toda a oportunidade para encetar uma política alternativa. Não o fez porque são outros os seus compromissos. 
Por exemplo, não é aceitável que estas subidas da energia resultantes das opções da política energética de governos PS, PSD e CDS, continue a não ter resposta em medidas governamentais que travem o desastre em curso e travem qualquer subida das tarifas.

Para o PCP o que se impõe é a continuação da sua descida, nomeadamente da tarifa regulada e o governo tem instrumentos para o fazer!  

Neste sentido, o PCP levará à discussão e votação na Assembleia da República esta semana um conjunto de propostas visando a redução dos preços da energia e dos combustíveis, abrangendo a eletricidade, o gás de botija e os combustíveis.

Há muitas batalhas a travar para garantir o que o País precisa.

O País precisa de avançar!

Precisa de uma política para valorizar a produção nacional e o emprego, colocar o desenvolvimento científico e tecnológico ao serviço da qualidade de vida. 

A situação que se vive na Amadora é bem demonstrativa de quanto negativa foi a política de abandono dos sectores produtivos no passado e quanto importante é encetar uma verdadeira política de reindustrialização do País, por muitas e justas razões nacionais e locais.

 Esvaziaram a Amadora de empresas importantes, como a Sorefame, e hoje quem aqui vive precisa de se deslocar quilómetros, perder horas em transportes, com o que isso implica em termos de qualidade de vida e de impactos negativos ambientais. É preciso inverter esta situação criando emprego aqui. 

Sim, em vez de comprarmos comboios ao estrangeiro como agora acontece, temos criar condições para os produzir aqui!   

Mas precisamos também de dar resposta a outros problemas mais imediatos. 

Precisa de ser dada outra urgência à mobilização e utilização de todas as possibilidades e instrumentos de que o Orçamento do Estado para 2021 dispõe e que o governo do PS tarda em concretizar, nomeadamente na área da saúde. 

Aqui, neste concelho, há muito que as populações se debatem com a falta de médicos e enfermeiros de família. 

Faltas que se refletem no funcionamento dos serviços de saúde e na rede hospitalar.

A solução não passa, como alguns sugerem, por dar como alternativa aos utentes em lista de espera, a prestação de cuidados nas unidades dos grupos económicos da saúde. 

Passa sim, por dotar os Centros de Saúde de mais meios humanos, mais médicos e enfermeiros de família que faltam, tal como nos cuidados hospitalares é preciso garantir o reforço de profissionais de saúde aos mais diversos níveis, bem como de equipamentos em falta. 

Um dos grandes problemas no plano da saúde, resulta do facto do Hospital Fernando da Fonseca estar há muito esgotado nas suas capacidades e o governo não ter decidido a construção do novo hospital de Sintra com 350 camas, decidindo inadmissivelmente avançar com a construção de uma pequena unidade com 60 camas que não resolve esta grave situação.    

Sim, é precisa uma outra resposta, uma outra política, uma política alternativa capaz de resolver problemas acumulados e encetar uma trajectória de desenvolvimento económico e social. 

Outra resposta e outra política para responder a outros problemas que marcam e pesam negativamente na vida dos trabalhadores e do povo.

Desde logo para assegurar respostas emergentes como a do aumento geral dos salários para todos os trabalhadores, do salário médio, tal como a valorização das carreiras, o aumento do Salário Mínimo Nacional para 850 euros, o combate à precariedade ou à desregulação de horários de trabalho.

Para garantir a inadiável valorização das pensões e reformas de todos quantos descontaram, incluindo acima dos 658,20 euros. 

Para assegurar uma rede de Lares e o apoio efectivo aos idosos, às suas famílias e cuidadores.

Uma outra resposta e uma outra justiça fiscal que desagrave os impostos sobre os trabalhadores de mais baixos rendimentos.

A garantia de creches gratuitas para todas as crianças reclama uma opção de financiamento que dê prioridade ao apoio às crianças e famílias. 

Estes são combates, entre outros, em que estamos empenhados e essa é uma razão acrescida para apoiar a CDU que é sem dúvida a grande força de esquerda no Poder Local.

Sim, é para dar força à luta por tudo isto que mais autarquias, mais eleitos, mais votos na CDU são um contributo para poder dar novos passos com novas soluções para dar resposta aos problemas do País, dos trabalhadores e do povo.

Caros amigos e camaradas:

Quem nos conhece sabe que pode contar connosco, com o empenhamento dos nossos eleitos e a sua dedicação ao serviço das populações e do desenvolvimento.

Por isso, dizemos a CDU vale a pena! 

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