Internacional

Debate Mensal com o Primeiro-Ministro sobre a questão do Iraque

A credibilidade e a voz respeitada de Portugal no Mundo é a voz da Paz e não o Portugal da lógica da guerra e do seguidismo.

O Senhor começou por declarar que da Cimeira dos Açores não ia sair nenhuma declaração de guerra. Mas o Senhor sabia que isso não era verdade. O Senhor sabia que a Cimeira dos Açores era uma cimeira de guerra mesmo que não houvesse uma declaração formal nesse sentido.

Sobre a Cimeira dos Açores

1.

Manifesto 15 de Março, por José Saramago

Eles pensavam que nos havíamos cansado de protestar, que os tínhamos deixado à solta para prosseguirem na sua alucinada corrida para a guerra. Equivocaram-se. Nós, estes que hoje nos estamos manifestando, aqui e em todo o mundo, somos como aquela pequena mosca que volta obstinadamente uma vez e outra a cravar o aguilhão nas partes sensíveis da besta. Somos, em palavras populares, claras e precisas para que melhor se entendam, a mosca cojonera do poder.

Cimeira da Guerra nos Açores - Mais um chocante acto de subserviência

A realização, em território nacional, no próximo domingo, de uma Cimeira visando concertar o desencadeamento da guerra «preventiva» e unilateral dos EUA contra o Iraque, reunindo Bush e as suas principais marionetes europeias, constitui mais um chocante testemunho da subserviência e seguidismo do Governo português e do seu envolvimento político na preparação da agressão ao Iraque.

Paz sim, guerra não!

[Extratos]

(...)Paz sim, guerra não!

As questões da paz e da guerra atingem nestes tempos uma dimensão que pode vir a ser trágica.

Bush tem vindo a deixar cair todas as máscaras.

Agora a questão já não se trata do desarmamento do Iraque mas sim de correr com o regime iraquiano, ocupar o Iraque e instalar no seu lugar um dirigente fiel e maleável.

Todos juntos contra a Guerra

Os Equívocos da Guerra!»

Às manifestações contra a guerra que há oito dias mobilizaram milhões em todo o mundo seguiram-se vários equívocos que importa registar.

Durão Barroso, por exemplo, “atirou-se” aos manifestantes porque estão a apoiar Saddam Hussein e o seu regime. Provas supremas para esta tese? Pois, a deslocação de euro deputados e sindicalistas portugueses a Bagdad, umas quantas bandeiras iraquianas que apareceram na “manif”, e ainda – sacrilégio supremo – a ausência de críticas ao ditador iraquiano.

«Democracia»

1. Os organizadores da manifestação pela paz debateram quem seriam os oradores desse dia 15. Surgiram pontos de vista diferentes, discutiu-se, concluiu-se, chegou-se a acordo. A democracia funcionou.

2. A manifestação foi promovida por um vasto leque de organizações e personalidades. Cada uma com a sua identidade própria, as suas especificidades próprias, os seus símbolos próprios. Cada pessoa, individual ou colectivamente, foi à manifestação da forma que entendeu. A democracia funcionou.

«A manifestação»

O prof. Freitas do Amaral não foi à manifestação pela paz. O PS do dr. Ferro Rodrigues também não.

O prof. Freitas do Amaral entendeu que a manifestação fora partidarizada. Em seu entender, tal sucedeu porque houve partidos que a apoiaram. Essencialmente, claro, o PCP.

O PS do dr. Ferro Rodrigues também não foi. As explicações são mais embrulhadas, mas, parece, queria evitar que a manifestação - fosse partidarizada!

Em resumo, não foram.

Percebe-se o prof. Freitas.

«A paz é essencial ao desenvolvimento»

Foi numa missão de luta pela defesa da paz, contra a guerra e o embargo, que integrámos a delegação ao Iraque com mais de trinta deputados do Parlamento Europeu, de onze países e quatro diferentes grupos políticos.