Intervenção de Bruno Dias na Assembleia de República, Reunião Plenária

Ao fim de 102 anos aqui está o PCP a continuar a lutar pela paz

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Senhor deputado André Ventura, com as palavras que acabou de dizer veio confirmar mais uma vez o que tem sido uma evidencia. é que da mesma forma que há um chocante aproveitamento da guerra e das sanções pelos grupos económicos para acumular lucros de milhões, também, no plano político, há um oportunismo despudorado para aproveitar a propaganda de guerra para os ataques mais rasteiros a quem no nosso país enfrenta de forma mais firme e consequente a extrema-direita e o poder económico que a financia.

Para o PCP, o problema é a guerra. Para o Chega, o problema é o PCP. E percebe se bem que assim seja.

É que quando as pessoas sofrem no dia a dia as consequências por toda a Europa, mas desde logo no nosso país, pagando a factura da guerra, das sanções e do aproveitamento que delas se faz, é evidente que aqueles que defendem mais armamento para alimentar e alastrar a guerra queiram carregar nas tintas da propaganda e da manipulação com a retórica do inimigo interno e do anticomunismo que já a PIDE utilizava há 60 anos quando os comunistas em Portugal e em África lutavam contra a guerra e pela paz.

É que enquanto os senhores proclamam que a paz será alcançada 
pela guerra, enquanto exigem mais mísseis, mais tanques, quiçá ogivas nucleares, enquanto insultam quem defende a paz e decretam o regime da guerra infinita, nós reafirmamos que o solidariedade do PCP é com o povo ucraniano e com todas as vítimas da guerra e não com o regime xenófobo, belicista e antidemocrático, rodeado e sustentado por forças de cariz fascista e nazi.

E sim, senhor deputado, ao cabo de 102 anos, aqui está este Partido Comunista Português a lutar pela paz sem medo, como nunca tivemos.

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