Intervenção de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

Ameaças globais ao direito ao aborto: eventual revogação do direito ao aborto nos Estados Unidos pelo Supremo Tribunal

No meu país, Portugal, após anos de luta em defesa dos seus direitos, em 2007 foi finalmente despenalizada a interrupção voluntária da gravidez. Desde então, o número de IVGs baixou progressivamente e estima-se que foram realizados menos 40% de abortos nos últimos dez anos.

Aqueles que se opõem à despenalização da IVG, nos EUA ou na Europa, sabem bem que proibir não tem qualquer eficácia no combate ao aborto. Apenas o torna clandestino, desprotegido e perigoso para a saúde física e psíquica e por vezes para a própria vida das mulheres. Mas apenas para aquelas que não têm meios para o fazer num sítio seguro num outro país.

Condenamos e rejeitamos todos os retrocessos em matéria de Direitos sexuais e reprodutivos sentidos em qualquer ponto do mundo.
O caminho é de avançar, não de recuar.
Avançar:
- no acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, com o necessário reforço do serviço público de saúde com qualidade e gratuito,
- na educação sexual;
- no acesso gratuito a meios contracetivos;
- nos serviços de planeamento familiar

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