Votámos contra a resolução alternativa ao Relatório A7-0426/2013 (relatório Estrela) apresentada pelo Grupo PPE (grupo que inclui os deputados do PSD e do CDS) sobre saúde e direitos sexuais e reprodutivos porque, em nossa opinião, muito do que está espelhado na Proposta de Resolução Estrela reflecte a necessidade de defender décadas de luta das mulheres pelos seus direitos. Ou seja, décadas de luta pela garantia e cumprimento dos direitos sexuais e reprodutivos, por um serviço público de saúde com qualidade, pelo acesso gratuito a meios contraceptivos, pelos serviços de planeamento familiar com características específicas, pela implementação da educação sexual, pelo acesso a serviços de saúde reprodutiva, incluindo cuidados de saúde materna e neonatal, serviços públicos e seguros de IVG, entre outros.
A rejeição deste relatório pela maioria do Parlamento reflecte que o PE não consegue já sequer acordar pelo princípio da defesa de direitos básicos, o que significa que tem uma maioria reaccionária e conservadora, contra o progresso social. Os social-democratas que defenderam este relatório, em muitas situações, não acompanham a defesa de políticas económicas essenciais para colocar em prática os mesmos princípios.