O vinho verde produzido na região de entre Douro e Minho, no Norte de Portugal, constitui um produto de elevada qualidade e com um importante peso na região nos planos económico e social.
A União das Cooperativas de Vinho Verde engloba sete adegas cooperativas da região, abrangendo um total de cerca de quatro mil produtores, sendo responsável por uma produção de sete milhões de litros de vinho por ano.
Não obstante a importância da actividade em termos regionais, os produtores de vinho verde confrontam-se com problemas ao nível do rendimento da actividade e ao nível dos apoios à plantação/reconversão de vinhas. Estes problemas decorrem dos elevados custos de produção - tendo em conta, entre outros factores, condicionalismos naturais que determinam custos acrescidos face a outras regiões, ao nível por exemplo da mobilização dos terrenos - e dos reduzidos preços de primeira venda, decorrentes, entre outros factores, da pressão exercida pela grande distribuição e do peso que esta tem na comercialização no sector. Problemas que poderão ser agravados com o desmantelamento da Organização Comum de Mercado do sector e com a liberalização de direitos de plantação, prevista para 2013.
Neste contexto, pergunto à Comissão Europeia:
- Que medidas, existentes e previstas, poderão apoiar os pequenos e médios produtores da região e as adegas cooperativas, promovendo a sustentabilidade da actividade e rendimentos justos aos produtores?
- Que medidas específicas poderão apoiar os produtores e as adegas cooperativas em caso de reconversão de vinhas, tendo em conta as quebras na produção nos anos subsequentes a essa reconversão?
