Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário-Geral, Desfile e Comício CDU

Vamos crescer para estarmos em melhores condições de trilhar a alternativa necessária, de Abril, dos trabalhadores e do povo

Camaradas e amigos,

Uma saudação a todos aqueles que aqui estão nesta grande iniciativa da CDU, nesta poderosa demonstração de determinação e confiança, com a força do desfile pelas ruas da baixa pombalina e deste grande comício aqui no Rossio.

Uma saudação aos ecologistas e membros do PEV, à Associação Intervenção Democrática, aos muitos homens e mulheres sem filiação partidária que integram, dão corpo e apoiam a CDU e uma saudação muito particular à Juventude CDU.

Uma saudação que se estende ao povo de Lisboa, desta cidade de Abril, esta cidade que cruza tanta história, tanta gente, tantas gerações, desta cidade que, nas palavras do nosso Ary dos Santos, é a “Lisboa maré nua que desagua no Rossio”.

E que força esta, que esperança esta de que é feita a CDU que hoje aqui está a desaguar no Rossio.
 
Estamos a poucos dias das eleições legislativas. Hoje mesmo, e em particular no próximo Domingo, os trabalhadores e o povo são chamados a fazer opções e opções sérias, face ao sério momento que enfrentamos.

Opções, sim, é o momento de opções e de confronto.

O confronto entre os que, tal como a CDU, defendem os trabalhadores, os reformados, os jovens, os intelectuais, os artistas, os agricultores, os pequenos e médios empresários; e o confronto com os que se submetem e protegem os interesses dos grupos económicos e do grande capital.

O confronto entre os que, tal como a CDU, estão comprometidos com os valores de Abril e com a Constituição; e os que, tal como PS, PSD, CDS, Chega e IL , têm afastado o País desse trilho.

O confronto entre os que, tal como a CDU, tudo farão, como sempre fizeram, para proteger e defender quem trabalha, quem produz a riqueza, quem trabalhou toda uma vida, quem sofre com o aumento do custo de vida, com a precariedade, os horários desregulados, a exploração, a discriminação, quem não consegue produzir e fruir da cultura; e os que optam por proteger os interesses dos 5% mais ricos que acumulam 42% da riqueza criada.

É neste confronto, é nestas opções de fundo que se joga o que acontecerá depois das eleições, é em torno destas opções que todos e cada um vão ter de tomar partido.
 
Sabemos que PS não é igual ao PSD, que o CDS não é mesmo que Chega ou IL, Não ignoramos diferenças objectivas que existem, mas a realidade demonstra que os problemas com que o País se confronta não terão solução pela mão de nenhum deles.

São muitos os desafios que estão colocados nesta batalha eleitoral.

O desafio de evitar a política da maioria absoluta do PS com os resultados que estão à vista de todos e que todos sentem na pele.

A perda de poder de compra, a concentração de riqueza, o aumento das injustiças e desigualdades, a transferência de recursos do SNS para o negócio da doença, a dificuldade de acesso à habitação, o desinvestimento nos serviços públicos.

O desafio de evitar a política de PSD e CDS, prosseguida em vários governos, mas também do Chega e IL, que entre 2011 e 2015, nesses tempos sombrios da troika, lá tiveram vários dos seus dirigentes a aplaudir medidas que agora retomar e intensificar.

O desafio de abrir o caminho que a cada dia que passa se torna mais urgente e necessário.

Para todos e cada um destes desafios que estão colocados aos trabalhadores, ao povo, a todos os cá vivem e trabalham, a resposta é só uma: é dar mais força à CDU, mais votos e mais Deputados à CDU.

O voto, a força, os Deputados que, fizeram e fazem frente à maioria absoluta do PS e o obriga a vir às soluções que se impõem.

O voto, os Deputados, a força, a maior garantia e em todos os momentos de combate à direita.

O voto, a força capaz de abrir caminho à política alternativa, a única capaz de resolver os problemas com que nos confrontamos.

A força da palavra que diz o que faz e faz o que diz, a força da coerência que não muda de opinião conforme o vento, que quando é preciso dizer sim, diz sim, e quando é preciso dizer não, diz não.

O voto por uma mais justa redistribuição da riqueza, pelo firme combate às injustiças e desigualdades.

O voto que já tem provas dadas e que não desperdiça nenhuma oportunidade para aumentar salários e pensões; pelo direito à Saúde e ao SNS; pelo direito à Educação e à Escola Pública, pelo direito à habitação, pela cultura.

Sim, é mesmo preciso fazer opções e opções ao serviço dos trabalhadores, de quem trabalhou uma vida inteira. Opções que enfrentem os que se acham os donos disto tudo.

Sim, é mesmo preciso aumentar todas as reformas e pensões em 7,5% e no mínimo em 70€, aumentar agora e com retroactivos a Janeiro.

Sim, é mesmo preciso cumprir o direito à habitação, fazer baixar as rendas e pôr os 12 milhões de lucros diários da banca a suportar o aumento das taxas de juro e investir 1% do PIB em habitação pública.

Sim, é preciso salvar o Serviço Nacional de Saúde e garantir o acesso a todos a cuidados de saúde.

Só o SNS está em condições de responder às necessidades de todos, independentemente da doença ou do dinheiro que têm na conta.

Sim, é preciso, é urgente e necessário aumentar os salários. Sem isso a vida dos trabalhadores não melhora e o País não se desenvolve.

Temos falado muito sobre salários e, pela nossa persistência, não há ninguém hoje que se atreva afirmar que não é preciso aumentar salários.

O País precisa de um choque salarial agora, e não para um futuro lá para diante, não para esse amanhã que nunca virá. O País precisa de um choque salarial agora, porque é agora que faz falta.

É preciso fixar agora e para este ano o Salário Mínimo Nacional nos 1000 euros, uma medida que só depende do Governo. É preciso agora o aumento dos salários e valorização dos trabalhadores da Administração Pública. Uma opção estratégica para melhorar a vida destes trabalhadores, para fixar e atrair profissionais que são fundamentais para garantir os serviços públicos e as funções sociais do Estado. Mais uma medida que só depende do Governo.

É preciso revogar as normas gravosas da legislação laboral, por fim à caducidade da contratação colectiva e repor o princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador.

É o contrato colectivo que regula as relações de trabalho, os horários, o trabalho nocturno e por turnos, o trabalho extraordinário, as férias, e sim, os salários também.

É tudo isto que está em causa quando falamos de contratação colectiva, esse instrumento que deve dar mais força negocial aos trabalhadores, e lhes permite fazer frente às imposições unilaterais dos patrões.

Essa caducidade, introduzida por PSD e CDS, agravada por PS,  liquida direitos, dá mais força à chantagem e ao boicote.

Temos assistido e está em curso a justa exigência dos trabalhadores dos hipermercados em não trabalharem aos domingos. Mas, se hoje trabalham aos Domingos e se recebem a dobrar neste dia, é porque esse direito foi consagrado na contratação colectiva.

É um, entre muitos exemplos do valor da contratação colectiva e da importância de mais trabalhadores estarem abrangidos e defendidos pela contratação colectiva.

Da mesma forma que a fragilização do tratamento mais favorável aos trabalhadores se traduziu em condições de trabalho abaixo dos direitos inscritos na própria lei.

Por isso é fundamental que esta norma volte a ser reposta.

E antes que surja a pergunta da praxe, quanto custa, respondemos: o fim da caducidade da contratação colectiva e a reposição do tratamento mais favorável ao trabalhador, custa zero euros às contas do Estado.

Zero, nada, não tem qualquer custo.

Não há desculpas, não há razões para não se revogar as normas gravosas da legislação laboral. Basta vontade e força política para andar para a frente.

Aqui está mais uma razão para os 5 milhões de trabalhadores darem mais força, mais votos e mais Deputados à sua força, à CDU.

É preciso uma mais justa distribuição da riqueza, é preciso que quem produz a riqueza, que os trabalhadores fiquem com uma parte maior dessa riqueza que lhes sai do seu esforço físico e intelectual.

Esse é o debate a que outros querem fugir mas que nós não vamos largar.

Em 2022 o conjunto das empresas do país, tiveram 45 mil milhões de euros de lucros. Há dinheiro para aumentar os salários e ainda há muito de sobra.

E não usem as micro, pequenas e médias empresas como biombo para proteger os grupos económicos e as multinacionais. As pequenas e médias empresas protegem-se fazendo o que foi feito pela intervenção da CDU: eliminando o Pagamento Especial por Conta. Protegem-se cortando nos custos operacionais que as esmagam, sejam os juros e as comissões da banca, os seguros, os combustíveis, as telecomunicações ou as portagens.

As micro, pequenas e médias empresas serão das principais beneficiárias do aumento geral dos salários. São das maiores beneficiárias do aumento do poder de compra do povo e dos trabalhadores, são aliadas desta medida estratégica.

Este é um grande desafio que está colocado ao país, distribuir melhor a riqueza que é criada.

É preciso alargar a convergência, alargar a compreensão, alargar a força pela exigência da melhoria das condições de vida de quem trabalha.

É preciso alargar a convergência, alargar a compreensão, alargar a força pela exigência do combate às injustiças e desigualdades; pôr o País a produzir e ultrapassar os défices estruturais que o País enfrenta.

É preciso alargar a convergência, alargar a compreensão, alargar a força pela exigência dos direitos de crianças e pais, a rede pública de creches, a conciliação da vida familiar com a vida laboral, tempo para viver e para brincar.

Caminhos para os quais aqui está a CDU para trilhar com todos os que a nós se queiram juntar.

Sabemos bem que os recursos não são infinitos. E mais uma vez voltamos à questão de sempre: é preciso fazer opções.

Isto não vai lá deixando de utilizar 11 mil milhões de euros, para servir o Euro, em vez de os usar para desenvolver o País e fazer a economia crescer.

Isto não vai lá com a saída para o estrangeiro, todos os anos, de 14 mil milhões de euros, em lucros e dividendos, fruto das privatizações, da circulação de capitais e da dependência externa do País.

Também não vamos lá com os mil milhões em rendas às PPP rodoviárias, e muito menos com os 1,6 mil milhões de euros em benefícios fiscais aos grandes grupos económicos.

Há dinheiro, o que não há é vontade de romper com os interesses da UE, do Euro, dos banqueiros e dos grupos económicos.

E para que não haja dúvidas, os grupos económicos não fazem parte dos muitos que ainda estão indecisos para as eleições. Eles já decidiram em quem não votar e sabem bem quem lhes assegura  os seus interesses.

Aqui está mais uma razão para dar mais força, mais votos e mais Deputados à CDU, Deputados ao serviço dos trabalhadores e do povo, porque Deputados ao serviço dos grandes interesses já há demasiados na actual Assembleia da República.

Deputados de Abril, esses sim fazem falta.

Desse Abril que está vivo e vive na consciência dos trabalhadores, do povo e dos democratas.

Desse Abril que vive, nos dá esperança, nos inspira e que incorporamos nas nossas propostas, nas nossas soluções.

Desse Abril, desse caminho, desse trilho que torna possível avançar, e é mesmo possível avançar.

As eleições do próximo Domingo são uma oportunidade para dar força a esse Abril, para dar força à força de Abril que é à CDU.

Estamos em campanha, estamos a fazer milhares e milhares de contactos, conversas e esclarecimento, e se há coisa que podemos afirmar com toda a confiança é que quantas mais conversas fazemos, mais gente ganhamos para o voto na CDU.

Se há coisa que está presente na nossa campanha e no ambiente que a rodeia é o largo reconhecimento da nossa intervenção em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, da nossa iniciativa para defender e conquistar direitos e fazer a vida andar para a frente, do valor da nossa palavra e da seriedade da nossa acção.

Transformemos esse reconhecimento em apoio e em voto. Os muitos que sabem que estivemos ao seu lado quando foi preciso lutar em defesa do salário, do posto de trabalho, dos seus direitos. 

Que cada um decida do seu voto, a partir desse reconhecimento e não de falsas opções que usam a justa indignação perante as injustiças para as agravar ainda mais.

É esta força que não lhes pode faltar. Esta força que não vacila nem cede a pressões, esta força de coragem que junta a sua coragem à coragem dos que não desistem dos seus direitos e não se conformam com a exploração e a injustiça.

É esta força, a força da CDU que não pode ser dispensada por cada um que se sente injustiçado e sabe explorado.

Que cada luta pelo salário, pelo posto de trabalho, pelos direitos, se transforme em voto na CDU.

Que cada acção à porta dos centros de saúde ou dos hospitais, nessas muitas lutas para salvar o SNS e em defesa do direito à saúde, se transforme em voto na CDU.

Que cada um que esteve nas ruas na defesa do direito à habitação,  lhe dê agora seguimento com o voto na CDU.

Que cada pai e mãe transforme a nossa firmeza nos direitos das crianças, em voto na CDU.

Que os democratas deem o seu voto à CDU, a sua maior garantia de defesa e aprofundamento do regime democrático.

Aqui está a força que não vacila nem cede a pressões. A força de quem se sente injustiçado.

A força que nunca falta, que está presente sempre, haja ou não holofotes da comunicação social.

CDU, a força de, e da, confiança.

É preciso que cada um decida pelo que conhece, que decida pela sua experiência, que decida pelos seus direitos e recuse as insinuações e mentiras. Que decida pelo que é a CDU e não pelo que falsamente nos atribuem.

Que cada um decida pelo que verdadeiramente lhe interessa para a sua vida e não por fabricadas mentiras e falsificações que o querem condicionar.
A CDU, esta força necessária, esta força indispensável.

A força que não falta, que não deserta, que não trai porque é com os trabalhadores e o povo que tem o seu compromisso de sempre.

A CDU é o porto seguro.

É uma força que não se deixa condicionar ou amedrontar por maiores que sejam as campanhas.
É a força que dá garantia de combater a direita, demore o tempo que demorar o combate e tenha ela as formas que tiver.

A força que tem soluções e projecto para o País, que não se resigna e toma a iniciativa para a resolução dos problemas nacionais.

A CDU faz falta e faz falta dar mais força à CDU.

O País não está condenado ao rotativismo das políticas e dos partidos do costume.

É possível e urgente uma outra política que faça avançar o País e a vida de cada um.

Por isso, não é o tempo de descansar. É o tempo de irmos à conversa, ao contacto, ao esclarecimento.
 
Mais uma vez, tentam centrar a discussão na bipolarização e atacar a força mais consequente.

Sabemos o que querem.

Mas, esta operação tem que nos dar ainda mais força e mais vontade de falar com mais gente, mais força para mobilizar os que sabem, sentem e precisam de uma CDU mais forte.

Vamos crescer, vamos alargar, vamos ter mais votos e mais eleitos, para estarmos em melhores condições de trilhar a alternativa necessária, a alternativa de Abril, a alternativa dos trabalhadores e do povo.

Viva a Juventude CDU!
Viva a CDU!
Viva o 25 de Abril!

  • Central
  • CDU
  • Eleições Legislativas