Valorização do trabalho tem dia 6 um momento importante de luta

Valorização do trabalho tem dia 6 um momento importante de luta

Retirar do Código do Trabalho as normas gravosas, incluindo as que entraram ontem em vigor propostas pelo Governo PS e aprovadas em convergência com o PSD e CDS, e valorizar os trabalhadores, em especial aqueles que enfrentam maior penosidade e risco, foram objectivos que estiveram no centro do encontro de hoje de manhã de Jerónimo de Sousa com gente do mundo laboral.

Num debate realizado na Academia Almadense, moderado por Luís Leitão, mandatário da CDU, e no qual o primeiro candidato pelo círculo eleitoral de Setúbal, Francisco Lopes, fez o enquadramento daquilo que está em causa e dos justo propósitos dos trabalhadores, mais de uma dezena destes deram o seu testemunho.

O foco esteve todo na importância de travar a extensão injustificada da laboração contínua (que até aqui esteve condicionada a casos estritamente essenciais) e na urgência de minorar as suas consequências para quem trabalha.

A voracidade do capital pelo lucro tem imposto o alargamento da produção sem interrupções. De tal forma que hoje cerca de 47 por cento dos trabalhadores estão abrangidos por algum tipo de regime de trabalho naquele âmbito, revelou na iniciativa Arménio Carlos, Secretário-geral da CGTP-IN, que também marcou presença e interveio.

Ora, as consequências da laboração por turnos ou escalas para os trabalhadores são devastadoras, ficou claro pelos vários relatos trazidos. Por isso, para além da necessária limitação daquele regime a sectores imprescindíveis, Francisco Lopes, os trabalhadores que intervieram no encontro e, no encerramento, também Jerónimo de Sousa, defenderam, entre outras, a valorização remuneratória do trabalho por turnos, escalas, ou nocturno; a gratificação de um dia de férias por cada três anos de trabalho prestado naquelas condições e a não obrigatoriedade de o prestar ao fim de 20 anos ou dos 55 anos de idade, sem perda do subsídio respectivo; a antecipação da idade da reforma.

Propósitos, considerou Jerónimo de Sousa, que estarão mais perto quanto mais se intensificar a luta de massas, a qual tem no próximo dia 6 um momento alto que pode determinar muito do futuro colectivo.

Seixal com a CDU

Ideia semelhante deixaram depois Francisco Lopes e Jerónimo de Sousa num almoço com trabalhadores das autarquias do Seixal, iniciativa na qual foi revelado que mais de 300 daqueles manifestaram o seu apoio à CDU.

De manhã, em Almada, Luís Leitão já havia notado que mais de 300 membros de Organizações Representativas dos Trabalhadores do distrito de Setúbal apoiavam a Coligação PCP-PEV, tendo Jerónimo de Sousa sublinhado este «apoio inequívoco a quem sempre esteve ao lado dos trabalhadores e do povo», e acrescentado que no distrito de Lisboa foram mais de 700 membros de ORT a apelarem ao voto nos comunistas e verdes.

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