Estamos aqui num acto de solidariedade com esta justíssima luta dos trabalhadores da administração pública, trabalhadores que são fundamentais, que põe a administração pública funcionar, desde as escolas, aos tribunais, nas câmaras municipais, em todos os serviços públicos.

Estes trabalhadores têm que ser naturalmente valorizados, têm que ser respeitados.

É justo dizer que hoje é de facto uma grande resposta dos trabalhadores de administração pública, uma grande adesão à greve e acima de tudo por princípios e justas reivindicações, nomeadamente o aumento de salários, que é uma questão fundamental que se coloca.

Não vale a pena o Governo vir dizer que não há margem para isso, porque há margem, tem é que responder a opções, e opções de facto o Governo não as quer tomar.

O Governo prefere dar 2 mil milhões de euros em benefícios fiscais do que concentrar essa possibilidade num aumento justo dos salários dos trabalhadores, que respondam ao aumento brutal do custo de vida que todos nós temos sofrido e em particular os trabalhadores da administração pública, tendo em conta os anos consecutivos de perda real de salário.

É justíssima esta luta, é um grande sinal da força dos trabalhadores e uma grande jornada de luta que certamente não acabará aqui.

Necessariamente é uma jornada que irá continuar e estamos aqui a mostrar a nossa solidariedade e a ganhar força também para as lutas que temos pela frente.