Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Transacções financeiras: aplicação na prática

São positivas diversas afirmações feitas nos considerandos da Resolução agora aprovada pela Maioria do Parlamento Europeu, designdamente quando afirma que o sector financeiro deve assumir uma quota-parte justa do fardo da recuperação económica e do desenvolvimento, dado que até agora foram a economia real, os contribuintes, os consumidores, os serviços públicos e a sociedade em geral a pagar uma parte substancial dos custos e das consequências da crise financeira. Mas, depois, quase se arrepende do apoio à aplicação de um possível imposto sobre as transacções financeiras, ao levantar muitos condicionalismos à sua aplicação. Daí o nosso voto de abstenção.

Lamentavelmente, tardam a ser aplicadas as novas iniciativas de regulamentação, e a avançar a prometida luta contra os paraísos fiscais, a remoção de vazios legais nas contas de gestão, os requisitos aplicáveis às transacções em bolsa e à utilização de repositórios de transacções para o registo de instrumentos derivados. É preciso avançar decisivamente e não continuar nestas águas turvas que apenas servem os especuladores financeiros e o grande capital.

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