Declaração de voto de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre a recomendação do Conselho referente à 72ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas

Assistimos à já tradicional resolução de branqueamento das políticas imperialistas e da UE, num exercício maniqueísta do seu papel e intervenção contra os riscos e ameaças à “ordem internacional”.
Omisso da análise e recomendações, o facto de que o recrudescimento dos movimentos fascistas ou de chamada “radicalização” estarem intrinsecamente ligado às políticas externas e internas da UE e à crise em que agoniza.
Cinismo atroz, a identificação da UE como um dos maiores promotores dos direitos humanos no mundo, quando a realidade demonstra que pela sua acção directa e indirecta, se cometem as mais graves violações aos direitos humanos em solo europeu e na sua vizinhança.
Prossegue-se a visão de cerco e afrontamento contra a Federação Russa, mantendo o apoio ao governo fascista na Ucrânia que persegue comunistas e outros progressistas e democratas, glorificando aqueles que colaboraram com os nazis na 2.ª Guerra Mundial. Assim como se branqueia o papel desestabilizador e de agressão da NATO e da UE nos Balcãs decisivo no desmembramento da Jugoslávia.
Valorizam-se as políticas e princípios de agressão como o princípio “Right To Protect”, usado para levar a guerra a todo o mundo.
Defende-se uma reforma da ONU que preveja a entrada da UE no seu Conselho de Segurança, que rejeitamos.
Votámos contra.

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