Somos favoráveis ao desenvolvimento da cooperação entre Estados no domínio da resposta a situações de catástrofe, sobretudo se de grandes dimensões.
É muito o que há a fazer neste domínio, como ficou claro durante os incêndios dos últimos anos em Portugal, onde inclusivamente acorreram mais rapidamente meios aéreos de Marrocos e da Rússia que os propalados auxílios da UE.
Mas não podemos passar de uma situação em que a acção da UE é insuficiente para outra em que quer extravasar as suas competências. A usurpação de cadeias de comando para um plano supranacional - proposta inicialmente pela Comissão Europeia -, por exemplo, suscita riscos não despiciendos, para além de fundada objecção política.
A cooperação pode envolver coordenação de esforços, empréstimo ou até partilha de meios. Mas os serviços de protecção civil, pela sua natureza, exigem uma forte ligação e um profundo conhecimento do território e das populações.
Para tal são necessários fundos, um diagnóstico estrutural dos riscos e das necessidades, e a melhoria operacional (com meios e formação técnica) dos serviços de proteção civil dos Estados-Membros.